sábado, 2 de novembro de 2013

Capítulo 17 - Déjà-vu: Parte 2

Fiz o que ele mandou, tirei a túnica e a calcinha e deitei-me no chão. Depois de uma eternidade, finalmente ele disse;
            -Abra as pernas! –ordenou. Obedeci. –Não assim! Dobrando os joelhos. –Oh! Meu Deus! –Feche os olhos.
            Antes de fechar os olhos, senti-o aproximar-se e ajoelhar-se entre minhas pernas. Senti-o tocar-me com um dedo. Retrai-me.
            -Shhhhh! Relaxe! Você é tão linda! E já está bem prontinha pra mim. –provocou-me com seu dedo um pouco mais, deixando-me louca por ele, querendo-o insanamente, levando-me bem perto, fazendo-me implorar por mais.
            -Quer dizer que você já está em oração? –disse sorrindo. Então abriu mais minhas pernas e colocou-se em cima de mim. Prendeu minhas mãos acima da cabeça e beijou-me o pescoço.
-Agora que é minha, posso tirar sua virgindade. 0abri os olhos ao ouvir aquilo. Céus ele estava fantasiando! Então me prendeu com suas pernas e disse:
-Vire-se! – Ah! Minha Nossa!
Empurrou meu cabelo por cima da cabeça, beijou minha nuca e foi descendo pela coluna. Suas mãos estavam na minha cintura, apertando-a, distribuiu beijinhos e mordidas por ali enquanto massageava minha bunda. Merda! Será que ele quer???? Levantou meus quadris, deixando-me bem exposta, em seguida veio até o meu ouvido e disse com a voz rouca de desejo:
            -Entregue-se Elise! Vou capturá-la e fodê-la de todas as formas possíveis. Só preciso que você se entregue.
            Lembrei nessa hora das vezes que tentei satisfazer o Marcelo, em busca de um tipo diferente de prazer, o que só me deixava bastante dolorida. Respirei fundo e tentei enviar pro meu cérebro que era outro homem que estava ali, o Antony, que estava derrubando todas as minhas barreiras, concedendo-me um prazer absoluto e fazendo meu corpo reagir de uma forma que jamais pensei que fosse capaz.
            Ele voltou para as minhas nádegas, beijou-as. Tocou-me lá, espalhando toda a minha lubrificação pelas entradas. –Oh! Que gostoso! Não pensei que fosse tão bom assim! Ele faz tudo parecer delicioso. – senti sua língua passeando por ali, me torturando muito, levando-me ao limite, fazendo-me implorar, até que seu pau forçou a entrada na minha entrada tímida. Relaxei e abri-me para ele, permitindo invadir e apossar-se de mais uma parte do meu corpo, que ora mostrava-se frustrada e traumatizada. Minha mente girou! Tamanha era a sensação. O desconforto foi substituído por algo inexplicável. Meu prazer foi trabalhado com tanta intensidade por seus dedos, que fodiam minha borboletinha e arrancavam de mim suspiros e gritinhos. Choraminguei quando cheguei ao ápice gritando seu nome. Ele veio em seguida se derramando e estapeando minhas nádegas, amaldiçoando-me.
            -Antony, seu cretino! Com força! –eu pedia.
            -Maldita seja mulher! O que tem nesse corpo que eu não consigo resistir. MERDA! AH CACETE!
            Saiu e mais uma vez meu corpo sentiu-se abandonado. É quando ele está dentro de mim que me sinto completa. É nessa hora que nos fundimos e nos tornamos um só ser. Perfeitos. Ele me trouxe pro seu peito e abraçou-me. Ele ainda estava vestido. A última coisa que me lembro foi o encontro dos nossos olhos e nossos sorrisos. Apaguei.
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Em 1887...
            -Ande! Venha! Eu já mandei sair dessa carruagem.
            -Papai, por favor não faça isso! Eu imploro.
            -Não seja egoísta, pense em seus irmãos! Estamos morrendo de fome.
            -Papai não! –Mas ele arrancou-me pelos cabelos de dentro da carruagem.
            Quando saímos paramos diante de uma enorme casa e um homem baixinho, com uma enorme pinta no queixo olhou-me e sorriu.
            -Traga-a pra dentro. A madame já vai recebe-los. –disse aquele homem asqueroso.

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            -Ora, ora! Venha aqui minha menina. Deixe-me olhá-la. –disse aquela mulher gorda com um decote que fazia seus seios quase pular para fora, sem contar nos lábio vermelhos.
            -Ah Mais é muito linda! Essa pele! É virgem?
            -Sim Madame. Anne é donzela.
            -Já sei pra quem vou oferecê-la primeiro. Quanto o senhor pede?
            -Dois mil dólares.
            -Dois mil dólares? Tá louco?
            -Com dois mil dólares, sabe quantas eu compro? Acha que ela é melhor que as outras? Dou Mil dólares porque gostei da coitadinha e sei que vou reaver rapidinho meu investimento.
            Meu olhou pra mim e eu pensei que ele fosse desistir na última hora, mas...
            -Desculpe Madame. Eu aceito.
            -Aramis! Traga o dinheiro! Aqui está! Lembre-se: eu não o conheço e o senhor não é mais seu pai. Ela agora pertence a mim.
            Aramis, o baixinho asqueroso, prendeu-me nos braços, enquanto meu pai retirava-se e largava-me a minha própria sorte. Desmanchei-me em lágrimas de desespero.
            -Papai! Papai! Largue-me! Largue-me!
            -Não chore moça bonita! Aceite seu destino. Vou ensiná-la a ser uma boa cortesã!
            -Não! Largue-me!
            -Lave-a e peça para s criadas lavá-la, vesti-la e alimentá-la, deve estar faminta a pobre coitada. Vou mandar uma correspondência pro Senhor Hill!
            -Não! Deixe-me ir. Eu lhe suplico, Madame! Deixe-me ir.
            -Hahahaha! Só depois que eu ganhar um bom dinheiro com essa sua carinha linda e esse seu corpinho magro. Odeio todas vocês. Leve-a agora. Tire-a da minha frente!
            Aquele monstro aproveitou o momento e enquanto me tirava dali, passava a mão em minha cintura, tocando meu rosto, meus seios.
            -Pare! Não toque em mim! Seu monstro asqueroso! Pare!
            -Eu também vou me divertir com você, pode ter certeza. Assim que o Senhor Hill cansar de você e manda-la de volta pra cá. Eu faço isso com todas! Sua delícia. Vou lamber sua pele toda e você vai ficar paradinha porque eu vou amarrá-la e amordaça-la. Ninguém vai te salvar. Hahahahahah.
            Tive uma ânsia de vômito e quase não vomitei em suas mãos, mas aí lembrei que não tinha comido nada. Desde ontem que não comia nada. Desmaiei. Quando acordei estava nua em uma banheira, sendo lavada.
            -Ah! A princesa resolveu acordar! Dormiu bem gracinha? Quer comer agora?
            -Acho que ela vai querer usar a coroa de ouro também! –e as duas moças riram de mim. Sentia-me fraca. Lavaram-me. Enxugaram-me. Escovaram meu cabelo e colocaram diante de mim uma bandeja com frutas, queijos e um líquido vermelho. Comi que nem uma mendiga. Nunca senti tanta fome na vida. Engasguei com o líquido.
            -Ah! A princesa não está acostumada com vinho. –e riram alto de mim.

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            -Olá Senhor Hill! Que prazer recebê-lo em Red Rose House.
            -Poupe-me Madame Pleur! Vamos ao que interessa.
            -O senhor vai gostar dessa. É o seu tipo.
            -A senhora disse o mesmo de todas as outras e eu estou cansado dessas moças choronas e tristes. Estou desperdiçando meu dinheiro com todas elas.
            -Mas quando o senhor as devolve eu o reembolso, parceladamente é claro. Estou enganada?
            -Não Madame, a senhora não está! Temos um negócio. Traga-a de uma vez.
            -Aramis! Vá buscar o coelhinho assustado!- Riram os dois.
            Aquele monstro entrou no quarto e pegou-me pelo braço. Elas tinham dividido meu cabelo ao meio e eles caiam sobre os ombros e costas, cobrindo as laterais do meu rosto. Espalharam uma colônia também em mim. Assim quer entramos, a Madame estava sentada fumando e havia um homem de costas que olhava pela janela. Meu coração acelerou. Senti que ia desmaiar novamente. Quando olhei pra Madame ela mandou um sinal que eu olhasse pra baixo.
            -Saia Aramis! –ela ordenou e o homem asqueroso pareceu não gostar da ideia de sair naquele momento.
            O homem virou-se e ficou olhando pra mim. Percebi pelo movimento dos seus sapatos finos, pois eu estava olhando pra eles. Ele aproximou-se e deu a volta ao meu redor, parando novamente em minha frente. A Madame levantou-se e colocou-se por trás de mim, desfez o laço que prendia a túnica em meu corpo nu e sem que eu ao menos reagisse, jogou-a pra baixo, deixando-me completamente nua na frente daquele homem. Meu peito subiu e eu comecei a respirar muito rápido. Corei. O estranho pegou sua bengala e colocou-a em meu queixo levantando-o para encará-lo.
            Quando nossos olhos encontraram-se, senti uma coisa muito estranha. Eu nunca havia o visto antes. Achei que fosse um velhote tarado, mas ele era muito jovem e tratava-se de um homem muito bonito, o mais lindo que já tinha visto na vida. Seus olhos não esconderam a surpresa e ele perguntou:
            -Como se chama? –sua voz era forte, calma e sedutora.
            -Ela se chama...
            -Eu perguntei a ela Madame. –interrompeu-a.
            -An... Anne, Senhor! –minha voz soou fraca, tímida, irritavelmente baixa e demonstrava o quão assustada encontrava-me.
            -Qual o preço, Madame?
            -Dois mil dólares! – arregalei meus olhos ao ouvir aquilo.
            -Mas a senhora cobrou mil do meu pai.
            -Cale-se insolente! Você não tem permissão pra falar.
            -Senhor Hill, entenda que posso conseguir muito mais com ela. Nós dois sabemos disso! Mas, se o Senhor não gostar do preço, posso oferecê-la ao Sr. McFerry.
            -É donzela? –perguntou somente.
            -Sim! O pai garantiu que sim.
            -Isso eu verificarei pessoalmente! – e tirou uma grande quantidade de dinheiro do bolso e entregou pra bruxa. –Tome! Vou ficar com ela!
            Enquanto a mulher contava o dinheiro ele vestiu minha túnica e levantou novamente meu queixo para encará-lo e novamente mandou aquele olhar hipnotizante pra mim. Pare já com isso Anne! Ele é um monstro igual a todos nessa casa! Ele vai machucá-la, desonrá-la e abusar de você durante, sabe-se lá, quanto tempo! –eu dizia a mim mesma, mas aquele rosto, aqueles olhos e mãos dizia-me muito mais coisas.
            -Pode leva-la Sr. Hill! –disse a Madame.
            -Não! –gritei

**********************
            Acordei assustada olhando de um lado pra outro. Estávamos na cama.
            -Elise, você está bem?
            -Antony? É você? Onde estamos?
            -Você teve um pesadelo! –abriu os braços e chamou-me de volta para eles. Recuei. Ele olhou-me estranho. Lembrei-me do lance da submissão e deitei-me em seus braços. Ele abraçou-me.
            -Shhhhhh! Calma! Foi só um sonho ruim!
            -Antony! Antony! Eu, eu sonhei...
            -Shhhhhh! Não precisa me contar nada! Acalme-se primeiro.
            -Você me comprou!
            -Não de verdade Elise. Era só uma cena.
            -Em meu sonho, você me comprava de verdade.
            -Isso ficou em seu subconsciente!
            -Não! Parecia tão real!
            Ele abraçou-me mais forte e disse:
            -Tá vendo até nos sonhos você me pertence. Agora durma.  –e beijou-me nos lábios.

********************
            Acordei sentindo todo o seu calor em mim. Olhei pra cima e ele estava dormindo profundamente. Sorri pra ele, agradecendo mais uma vez pela experiência. E o melhor de tudo: eu não estava nada dolorida, nenhum pouco. Yeah! Vou fazer uma surpresa pra ele. É isso aí! Vou trazer seu café na cama. Tratei do tomar um banho rápido e colocar algo decente! Céus! Antony você tem cada ideia!


            Entrei na sala e coloquei Josh Stone no aparelho de som e fui pra cozinha. Jas estava lá e estranhou minha empolgação. Peguei duas colheres de pau, dei-lhe uma e improvisamos microfones com eles. Começamos a cantar a música e a dançar ao ritmo soul, com a bela voz black da cantora.
            -Isso garota! Mostre-me que você tem sangue negro nesse seu traseiro magro. –dizia ela. Rimos bastante enquanto preparávamos a bandeja do Sr. Hill.
            Enquanto dávamos um show à parte, Antony acompanhava tudo encostado à porta do corredor que dava acesso aos quartos, com o cabelo bagunçado, vestido numa calça jeans: fechada só no zíper e descalço. PUTA MERDA! Ele estava delicioso. Ele bateu palmas pra nós.
            -Terminaram o showzinho? –sua cara não era a das melhores. Mas cara, confesso, era LINDO DEMAIS.
            -Antony, desculpe, eu estava preparando seu café da manhã, com a Jas.
            -Quem mandou você sair da cama? –Merda. Ele estava sério demais.
            -Eu...
            -Shhhhhh! Pro quarto! Agora!
            Olhei pra Jas e ela mandou aquele olhar: ACHO.MELHOR.VOCÊ.OBEDECER. Passei por ele, que veio atrás de mim. Quando entramos no quarto, eu falei:
            -Anty! Eu sinto muito...
            -Shhhhh! Eu acordei com um puta tesão e você não estava aqui! Por que você adora me provocar?
            MERDA! MERDA! MERDA!







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