segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Capítulo 20 - Aventuras italianas...

            -Antony! Como você...? – desisti no último momento, pois entendi que ele sabia muito mais de mim do que eu dele. E o fato de ser meu aniversário fez tudo parecer tão planejado, ou melhor, ele deve ter feito tudo isso nas últimas vinte e quatro horas! Uau! E quer saber eu não estou nem aí, se conheço seu passado ou não. Sinto que já conheço o bastante. Tudo o que ele faz por mim é sincero, é forte! É tão diferente dos outros caras com quem namorei... do Marcelo! Como temer o único que curou meu corpo? Que deu vida a ele. Antony apareceu na minha vida justo no momento em que eu não estava nem aí pra nada, talvez estivesse escrito esse encontro. Sabe-se lá Deus, o que eu teria enfrentado com toda aquela sede de liberdade. Protegeu-me e prendeu-me ao mesmo tempo. Mas, o mais intrigante nisso tudo, é que quanto mais presa a ele eu estou, mais livre me sinto. Loucura total.
            -E você deve estar se achando uma louca, por estar com alguém do qual não sabe de nada, não é? –falou enquanto colocava a pulseira em mim.
            -Obrigada Antony, é linda! Você vai me contar um dia a sua história, não vai?
            -Sim. Um dia. E nesse dia vou amarrá-la para que você não saia correndo de mim. –sorriu sorrateiramente.
            -Deus! Antony você está me assustando!
            -Estou brincado Elise! Mas minha história é sinistra. E não quero envolvê-la nessa névoa escura do meu passado. Por enquanto você só precisa saber que nunca matei, roubei, sequestrei, violentei ou machuquei ninguém. Se bem que já machuquei sim, mas com consentimento! –piscou o olho pra mim! Como ele diz, que mania fodida de sexy que ele tem de piscar. Fico louca assim!
            -Então, eu não tenho com o que me preocupar. Vamos escolher!
            Optamos por Gnocchetti di Zucca con Scampi e Radicchio Tardivo, Filetto di Manzo a 3 Pepi e como sobremesa, Zabbaioni con biscotti fatti in casa e mousse de fragola...

***************
Em Manhattan...
-Bernard? É Marianne!
            -Ora, ora, o que temos aqui? Precisa de pó?
            -Poupe-me do seu sarcasmo! Precisamos conversar. Urgente!
            -Te encontro no Mezzanine Bar em quinze minutos.
            -Ok!
**************
            -Você é louca? Por que não me ligou, como sempre fazia? Que merda! O que tem mais nessa cabeça além de química?
            -Eu não achei que ele estivesse tão envolvido com aquela vagabunda. –Marianne respondeu nervosa.
            -Idiota! Eu sempre tenho que fazer tudo sozinho! Agora vou ter que pensar em algo pra desfazer a merda que você fez!
            -Quer falar baixo, seu merda!
            -Merda eu? Vagabunda! Imbecil! Sempre metendo os pés pelas mãos. Você acha que ele vai se casar com você algum dia? Pelo amor de Deus! Caia na real de uma vez, ou vá dá uma cheiradinha.
            -Eu parei tá! Já faz três meses que não cheiro nada. –tremeu ao pegar sua bebida.
            -É mesmo? E você quer uma medalha por isso? Ela é melhor que você! Aliás, ela é melhor que todas vocês juntas.
            -Tá apaixonadinho por ela também? –sorriu sarcástica.
            -Idiota! Fique longe deles! Eu me encarrego, COMO SEMPRE, de tirar mais essa do caminho! E faça um favor a si mesma: Vá cheirar! Você está horrível!
            -Imbecil!
            -Vagabunda! Não me ligue, nem me procure na empresa. Quanto menos eu ser visto com você, melhor!
            -E o que eu faço então?
            -Use a parte do corpo que você, da qual é expert! O nariz!
            -Valeu amigão!
            -Eu não sou seu AMIGO! –falou apertando-lhe o queixo. – Eu mantenho contato, se achar cabível. –jogou o dinheiro das bebidas na mesa.

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Em Veneza...
            Após pagar a conta, Antony decidiu que voltaríamos a pé até a praça de São Marcos e então pegaríamos o carro alugado por ele. O motorista já fora avisado previamente. Coisas do Antony! Tudo sempre tão planejado.
            -Vamos andar Elise. Está uma noite linda e eu quero te mostrar uns lugares.
            -Tudo bem!
            Ao sairmos do restaurante, Antony me puxou pra uma rua sem saída e encostou-me no muro, num lugarzinho, onde antes parecia ter havido uma porta, tão escondido, que ninguém seria capaz de imaginar que haveria alguém ali.
            -Não sem antes de eu dar uns amassos em você aqui. Só pro caso de algum dia eu esquecer essa viagem.
            -Seu tarado!
            -Adoro quando você me chama assim, por que é exatamente como me sinto. – beijou-me enlouquecidamente, fazendo minha mente girar e esquecer por um minuto de onde estávamos. Uma das mãos segurando minha cabeça e a outra apertando meu corpo contra o seu. Uma das minhas mãos foi parar na sua bunda e trouxe-o para mim. Ele gemeu em minha boca.
            -Louca!
            -Gostoso!
            -Si prega Signore! (Por favor Senhor!)
            Ouvimos um homem suplicando e em seguida dois tiros saídos de uma espécie de silenciador. Antony olhou-me assustado e fez Shhhh! Pra eu fazer silêncio. Engoli em seco. Oh! Meu Deus! Um assassinato! Ele imprensou-me mais ainda contra a parede. Meu coração acelerou! Eu também podia sentir o seu. Ouvimos passos aproximando-se. Nossos olhos nunca se deixaram um minuto sequer. Shhhhh!
            -Questo era già! Capo!(Esse já era! Chefe!)
            No entanto, o homem olhou em nossa direção e fez um sinal para os demais, um assobio.
            -Merda! –Antony falou junto a mim. –Fique quieta!
            O homem aproximou-se e ficou a uns três metros da gente. De onde eu estava não dava pra ver sua cara. Antony nenhuma vez o encarou. Ficou o tempo todo olhando pra mim. Dentro dos meus olhos. Outros homens aproximaram-se e eu só conseguia pensar em uma frase: “Por favor, Deus não permita!” Os outros homens ficaram mais afastados e outros passos juntaram-se aos primeiros, então:
            -Bella notte!(Bela noite)-uma voz forte falou.
            -Bella! –Antony respondeu.
            -Hai sentito qualcosa? (Ouviram alguma coisa?)
-Non-boss!( -Não chefe!)
-Hai visto qualcosa?( -Viram alguma coisa?)
-Non-boss!( -Não chefe!)
-Vai via e non guardare indietro! Bella ragazza! La sua!(-Vão embora e não olhem pra trás! Bella moça! A sua!)
-Grazie capo!( -Obrigado chefe!)
--Cosa ti piace di lei? (-Você a ama?)-Antony respirou fundo e disse:
-Come la mia anima!( -Como a minha alma!)
-Quindi tenere la tua anima con il tuo corpo! Posso gestire separarli.( -Então mantenha sua alma junto a seu corpo! Posso tratar de separá-los.
-Ricevuto capo!( -Entendido chefe!)
Retiraram-se e ouvimos um barulho de carro sendo ligado e partindo. Que merda! Que hora pra ouvir uma declaração de amor. Ficamos nos olhando por um minuto! Eu não conseguia falar. Estava nervosa, apreensiva. Antony foi o primeiro.
-Acho que agora podemos ir! Você está bem? –acariciou meu rosto.
-Sim. Acho que sim. Abrace-me Antony!
Ele envolveu-me num abraço apertado e beijou-me.
-Céus eu morreria se acontecesse alguma coisa com você! –beijou-me novamente. –Agora vamos.
Saímos, passamos pelo corpo do estranho e pegamos a ruela rumo à praça. Andávamos tão rápido que mal conseguia equilibrar-me nos saltos. Havia um carro atrás de nós, acendeu e apagou os faróis assim que viramos a esquina. Estavam observando-nos.
-Você entendeu aquela conversa?
-Algumas frases! –meu coração acelerou mais.
-Esqueça o que viu e ouviu esta noite Elise! Vamos agir naturalmente quando chegarmos à praça entendeu?
-Sim. –fiquei me perguntando se ele referia-se também a sua declaração de amor.
A praça estava lotada e um alívio percorreu nossos corpos. Como se ali estivéssemos mais seguros. Misturamo-nos e logo encontramos mímicos com máscaras de carnaval que encenavam enquanto um músico tocava um instrumento. A música era tão suave que suspiramos ao mesmo tempo. Antony abraçou-me por trás e eu, mais do que em qualquer outro lugar, senti-me protegida. Aquecida e amada. Verdadeiramente amada. Apertou meu casaco, colocando a mão sobre meu peito.
-Seu coração está acelerado! Acalme-se! Respire! Eu estou aqui! –falou com seus lábios colados em meu ouvido e o som da sua voz fazia com que cada célula do meu corpo obedecesse. Inspirei lentamente. –Isso. Assim mesmo! Está melhor?
-Sim.
-Ótimo!
O casal mascarado aproximou-se de nós e começou a dançar e a imitar-nos. Rimos. Relaxamos. Então um deles ofereceu-me uma rosa vermelha.
-Grazie! –agradeci.
Antony puxou-me e saímos da multidão que se aglomerava para assistir ao espetáculo teatral. Caminhamos até o carro alugado e entramos.
-Pro Venice Jazz Club!
-O que é isso Antony? Não vamos pro hotel?
-Não! Temo que estamos sendo seguidos e acho melhor ficarmos um pouco nesse bar. O que acha?
-Acho que vai ser bom pra despistar. Eles vão achar que estamos agindo naturalmente, como se nada tivesse acontecido.
-É exatamente isso que quero que pensem.
-Estou me sentindo num filme de gangsters!
-E está excitada com tudo isso!
-Deus! Você só pensa nisso?
-Elise você está com um puta tesão! Posso sentir o cheiro daqui. Posso ler as mensagens que está enviando pra mim: o mover das suas pernas, apertando-se; o lábio que você não para de morder e você, decididamente, quando está excitada, não consegue me olhar nos olhos, como se isso fosse proibido. Agora me diga: você quer foder? –falou tudo ao meu ouvido.
-Sim. –maldito homem.
Fomos interrompidos pelo motorista.
-Lord're di essere seguito!(-Senhor estamos sendo seguidos!)
Meu coração pulou! Olhei aterrorizada para ele.
-Antony!
-Più veloce! Bastardi!(Mais rápido! Bastardos!)
-Abaixe-se querida! Fique de cabeça baixa.
Fiz o que ele mandou e fiquei com a cabeça em seu colo.
- Qui! Inserisci quel vicolo! Questi pezzi di merda! Più veloce!(Por aqui! Entre nessa ruela! Esses merdas! Mais rápido!)
O carro parecia que voava.
- Ora c'è! Ecco! Ecco! Qui! Qui! Spegnere la macchina! Isso.Bastardos! Siamo riusciti a ingannarli. Vieni Elise! Vieni qui. Rimani lì. Quindi uscire lentamente.(Agora lá! Lá! Lá! Aqui! Aqui! Desligue o carro! Isso.Bastardos! Conseguimos enganá-los. Venha Elise! Vamos por aqui. Fique aí. Depois saia devagar.)
Saímos do carro e entramos numa ruela, depois em outra e em outra. Eu me perdi e não me lembrava mais de onde tínhamos vindo. Até avistarmos uma ponte do outro lado da rua e do outro de onde tínhamos vindo, homens de preto passaram correndo.
-Depressa Elise! Vamos pra ponte. Vamos nos esconder lá!
Corremos até a ponte e entramos por uma passagem bem apertada ficando embaixo dela. Quando chegamos a uma espécie de galeria vazia, embaixo da ponte, ouvimos passos correndo sobre ela. Antony jogou-me contra a parede e beijou-me furiosamente. Levantou meu vestido e rasgou minha calcinha. Nosso cansaço, evidenciado pela nossa respiração acelerada preenchia todo o vazio do lugar. Esqueci-me dos homens, de tudo, só queria ser fodida por ele naquele lugar, daquela maneira. Forte e selvagem. Estava louca de tesão. E ele também. Entregamo-nos a paixão e saciamo-nos um do outro tirando vantagem de cada gota das substâncias que a adrenalina jogava em nossas veias. Meu último grito foi abafado por sua mão em minha boca e o seu orgasmo liberado com uma mordida entre meu pescoço e ombro. Saiu de dentro de mim delicadamente. Abracei-o e ele desceu minhas pernas com cuidado. Céus ele estava segurando todo o meu peso o tempo inteiro. Enconstou-me na parede e quando estava seguro do meu equilíbrio começou a vestir-se. Abaixei o vestido.
-Vamos querida!
-É seguro?
-Por quê?
-Os homens!
-Que homens?
-Aqueles que estavam nos seguindo!
-Elise aquilo foi uma encenação! –sorriu.
-Ahhhh! Antony eu mato você!


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Capítulo 19 - Seu sorriso, minha perdição.



                Limpei-me e subi a calça com certa dificuldade. Sem calcinha. Essa é boa! Boa Hill! Prenda número 2 não é? Safado. Sentei-me no vaso. Levante-me. Sentei-me novamente. Segurei a cabeça com as duas mãos. Ah! Meu Deus! Estou toda gelatina e o sangue ainda corre quente em minhas veias e ele simplesmente saiu como se nada tivesse acontecido. Quem é esse homem?
            Olhei-me no espelho. Eu estava uma bagunça total. Meu rosto vermelho, meus lábios inchados e as pupilas dilatadas. Prazer em conhecer furacão Hill! Vamos garota, arrume-se e volte ao seu lugar! Ri pra mim mesma no espelho. Estou ficando louca, pensei! Estou diferente! Sinto uma felicidade tamanha e eu que pensei que fosse incapaz de sentir qualquer prazer. Posso não conhecê-lo, mas reconheço sua fome de mim: é a mesma que sinto por ele. Essa paixão é o sentimento mais avassalador que senti. Não me importo com os outros, afasto o temor das consequências e acima de tudo, entrego-lhe minha alma e o deixo comandar esse carro desenfreado que é o meu corpo.
            Quando me encaminhava para o meu assento, cruzei com a mulher que estava na cadeira ao lado e ela mandou-me um sorrisinho cúmplice. Ah! Entendi! Ela também ia ao banheiro e pela cara que fez, ia pelo mesmo motivo que eu... Meu Deus! O que dá nesses homens dentro dos aviões! Sentei-me, ele estava trabalhando e bebendo uísque. Ofereceu-me uma taça de champanhe.
            -Você está bem? –sorriu maliciosamente. –Machuquei muito? –apertei as coxas.
            -Você gosta de saber dessas coisas não é? –provoquei. –Estou bem!
            -Então tenho que botar mais pressão da próxima vez!
            -Deus Antony! Você quer acabar comigo?
            -Eu quero te deixar dolorida. E quente. E vermelhinha... –falou ao meu ouvido.
            -Pare! –eu já estava ficando excitada novamente. –Pra sua informação eu estou exatamente assim.
            -Hora da prenda número 3!
            -Quê?
            Ele colocou dois dedos dentro do seu uísque e pegou um cubo de gelo. Levou a boca, chupou e disse:
            -Coloque nela.
            -Ant...
            -Agora! –interrompeu-me.
            Olhei para os lados e o casal havia sumido. Bom né? Olhei pra ele que se divertia diante do meu constrangimento e confusão. Abri o botão e desci o zíper, então peguei a pedra e comecei a descê-la pela frente da calça. Que merda! Por que carambolas eu fui escolher justo essa calça? Ele acompanhava cada movimento que eu fazia. Eu descia a pedra bem lentamente e ele se deliciava com a cena. Tarado! Por fim e para perdição dele terminei de empurrá-la apenas com um dedo. Nossa aquilo era bom. A pedrinha ia descendo e tocando toda a minha pele sensível e machucada. Esfriando o fogo que ele havia instalado lá. Meu dedo também provocava sensações agradáveis. Pensei em retirar o dedo, mas desisti e voltei a acariciar-me novamente, empurrando a maldita pedra bem pra trás. E quando ele passou a língua em seus lábios eu me perdi. Suspirei. Fiquei sedenta de mais daquilo, mas, ele retirou meu dedo bem devagar e levou-o a boca. Chupou-o.
            -Seu prazer é meu! Lembre-se disso querida!
            Que inferno de homem!
            -Agora eu vou buscá-la!
            Beijou-me, passando a língua em meus lábios. Adoro quando ele faz isso. Sinto responder bem ali embaixo. Beliscou meus mamilos. Ah! Gemi junto a sua boca. Então ele enfiou dois dedos dentro da calça. Ah! Abri as pernas.
            -Feche-as! –ordenou.
            -Só quero facilitar as coisas.
            -Não preciso de ajuda! – Hummmm!
            Posicionou os lábios em meu ouvido. Lá vem ele de novo! Hipnotizando-me com suas palavras e respirações. Arrepiei-me toda. Todinha. Seus dedos encontraram meu clitóris. Maldito! Fechei os olhos.
            -Ela não está aqui! Talvez um pouco mais pra dentro! – falou. –Diga-me Elise onde você a colocou! Aqui? –enfiou os dedos dentro de mim.
Gemi.
            -Menina travessa você a escondeu só pra me provocar, não foi?
            -Hummmm!
            -Ela está aqui? Diga pro papai onde ela está!
            -Humhum! –choraminguei.
            -Que tal mais profundo? –enfiou mais fundo e um grito abafado saiu da minha boca. Girou seus dedos dentro de mim e meu corpo todo formigou. –Ela não está aqui! – voltou pro meu clitóris, mordi meus lábios, gemi, choraminguei junto a sua boca. Mordi seus lábios. Enfiei minha língua dentro da sua boca.
            -Te quero!
            -Talvez mais atrás! –seus dedos encontraram a pedrinha e a empurraram pro meu ânus. Cacete! Então começou a esfregá-la, bem devagar, trazendo-a pra frente, torturando-me por algum tempo, até subir e retirá-la. Enfim, colocou-a em seu drink e tomou um gole. Ri daquela atitude. INACREDITÁVEL.
            -Feche a calça Elise! Você foi perfeita!
            Fiz o que ele mandou. Encostei-me ao assento e suspirei. Estava exausta. Percebendo isso, ele beijou-me a testa e disse:
            -Descanse. –beijou-me os lábios. Um beijo simples e casto, mas cheio de ternura e carinho. Senti que ele quis dizer alguma coisa, mas desistiu no último momento. Sorriu. Sorri de volta e fechei os olhos.
**********
            Acordei com um Antony cansado que me beijava.
            -Ei Elise acorde! Estamos chegando!
            -Quanto tempo dormi?
            -Depois da segunda escala? Humm! A viagem toda.
            -Que droga! Eu não sou uma companhia tão divertida, não é mesmo?
            -Claro que é! Só que ronca como um trovão!
            -Você é tão romântico Antony Hill! –falei sarcástica.
            -Bom, eu não tenho ouvido muitas reclamações ultimamente!
            -Você é tão presunçoso Antony Hill!
            -Bom, eu fiz você gozar uma vez no banheiro e quase pela segunda usando só um cubinho de gelo! –beijou minha orelha.
            -Você é tão gostoso Antony Hill! –tive que admitir.
            -Assim está melhor! –rimos. Estamos parecendo dois bobinhos apaixonados. Deus será que ele não vê isso! Talvez eu esteja só nessa viagem. Não é possível!
************
            Chegamos ao Luna Hotel Baglioni Venice por volta das 21hs. Que ficava a 80 metros da Praça de São Marcos. Seu interior era impressionante, decorado com frescos originais e com uma vista deslumbrante para a Lagoa de Veneza. Da suíte dava pra ver que o hotel possuía uma doca privada para barcos e gôndolas. Quero um passeio de gôndola, assim que pudermos! Um luxo só! Meu Antony romântico! Quem diria! Estou tão feliz com tudo isso, como nunca pude imaginar! Como se estivesse pulado num daqueles romances de banca de revista que costumava devorar. Vivendo meu próprio romance particular! Meu conto de fadas!
            Percebendo meu entusiasmo, Antony aproximou-se por trás e começou a falar em italiano ao meu ouvido.
- Sono un ragazzo fortunato! Sono la donna più bella di tutta Venezia. E ora eccola preparerà la cena per me. (Eu sou um cara sortudo! Estou com a mulher mais bonita de toda Veneza. E ela vai agora ali preparar-se para jantar comigo.)
-Só entendi a parte da mulher bonita! –ele riu.
-É a que te interessa! –retrucou brincalhão, virando-me pra mostrar um belo vestido vinho de um ombro só, com uma alcinha fina de Strass reluzentes, que estava sobre a cama.
-Antony! É lindo!
-Eu quero você reluzente hoje á noite.
-Onde nós vamos?
-No Osteria Antico Giardinetto. Internacionalmente conhecido pelo cardápio e carta de vinho.
-Você já foi lá antes? –é claro sua coisa! Retrucou meu inconsciente.
-Não dessa maneira. A negócios. –Ah!
Virei-me pra ele e olhando em meus olhos ele disse:
-Eu adoro essa serenidade que vejo em seus olhos. Eles são como um mar calmo e brilhante, que te convida a mergulhar profundamente. Que está sempre alegre e convidativo. Eu amo a vida que vejo em você. Eu nunca vi isso em ninguém. –falava enquanto acariciava minha bochecha e minhas têmporas. Fechei os olhos e me entreguei ao seu toque meigo e a suas palavras. Quando os abri, ele estava sorrindo.
-O que foi? –perguntei piscando os olhos, curiosa.
-Você é muito linda! Lembra quando quis saber por que eu curtia o relacionamento D/s?
-Sim!
-Acredito que na época eu procurava algo que facilitasse minha vida!
-Como assim?
-Acredite Elise, os acordos feitos previne muita dor de cabeça, garotas interesseiras e... e... eu não tenho que passar por essa coisa toda de conquista. –notei certo nervosismo em suas palavras. –Eu sei o que quero e procuro mulheres que querem a mesma coisa que eu. Mas você...
-Eu não queria a mesma coisa que você! Não no sentido de um relacionamento D/s, as coisas aconteceram e...
-Eu sei! E tudo isso é muito novo pra mim. Eu nunca precisei fazer esse tipo de coisa. –gesticulou pelo quarto e pelo vestido.
-Você quer dizer que está tentando me conquistar? –Tão lindinho.
-Pelo menos estou tentando. –Céus um Antony bobinho! Por essa eu não esperava.
-Está tudo perfeito! Estou amando cada minuto ao seu lado Antony! E eu amo a sua sinceridade viu.
-Fico feliz em agradar-lhe querida, agora vá se vestir. Agora! Vou esperar lá embaixo. –E lá vem o Antony mandão! Fiz biquinho e obedeci.

*************

Meia hora depois, desci vestida naquele vestido. Coloquei meias é lógico! Tem muita pele exposta e eu estou com frio. Quero fazer o comentário, mas temo sua reação. Tenho medo de magoá-lo.
-Deus Elise você está perfeita! Vai precisar disso aqui. –e entregou-me um casaco que acompanhava o vestido. Esse homem ainda me mata! –Coloque-o. Não quero nenhum outro olhando pra você.
-Eu estava com frio. Podemos ir?
-Perfeitamente. -Ele estava ficando sério demais.

**********************

            Chegamos ao restaurante em quinze minutos e era simplesmente ROMÂNTICO! É! Sem dúvida essa é a palavra perfeita para descrevê-lo. Meu coração acelerou. Eu nunca me senti tão valorizada por um homem. Antony me conduz com tanta delicadeza, que se por um momento, a pressão em seus dedos não me trouxessem de volta a terra, acho que flutuaria. Ele é tão bom nisso! E eu sou tão bobinha. Sinto-me tão pequenininha com ele. Bom, aqui estou, emocionada, com o choro preso na garganta. Olhando pra esse homem perfeito, que parece me estudar, como se estivesse lendo meus pensamentos. De repente ele sorri. E um mundo se abre. É noite, mas as estrelas estão mais brilhantes, a lua está mais clara e tudo se ilumina.
            - La riserva per conto di Antony Hill! (A reserva em nome de Antony Hill!). –Antony falou.
            - Perfetto! Qui signore. (Perfeito. Por aqui Senhor!) –disse a atendente.
            Sentamos e ela entregou-nos o Menu. Enquanto lia os pratos escritos em italianos, Antony ria das minhas caretas.
            -Vou ajudá-la querida. Vou explicar o que tem nos pratos e você escolhe pra nós dois. Tudo bem?
            -Tudo bem.
            -Elise Campello. Esse sobrenome é italiano, não é?
            -Minha tia-avó falava que éramos descendentes dos nobres da Itália, precisamente de Spolleto. Ela mesma nasceu em Recife. Mas, sinceramente, não sei até onde minha vó viajava. Ela era surreal.
            -Ela falava a verdade Elise. Sua descendência é italiana. –olhei chocada.
            -Como você sabe? Você andou...
            -Ei, ei, ei... eu só fiz umas pesquisas. –falou levantando as mãos em defesa.
            -Minha nossa! Antony! O que mais você descobriu? Fala!
            -Nada demais, só que tem um tio seu, Conde Alberto Campello que mora num castelo. –ri.
            -Essa noite promete!
            Quando baixei os olhos para o prato, havia uma caixa quadrada preta de camurça, bem no meio.
            -Como? Quando colocaram isso aqui? Antony! –ele riu.
            -Vamos abra!
            Era uma pulseira bracelete de brilhantes, em raias que se encontravam, e em cada ponta um brilhante estupidamente realçava diante dos demais. Um espetáculo! Jesus! Basta uma joia pra eu falar igual a uma perua. Mas eu estava apaixonada por ela.
            -Deus Antony! É linda!
            -Deixe-me colocá-la. Feliz aniversário!
            Sem palavras! Foi exatamente assim que eu fiquei diante dele.

domingo, 10 de novembro de 2013

Capítulo 18 – Un'emergenza d’amore

Após satisfazer meu Senhor que se encontrava com um enorme sorriso nos lábios, aprontando-se para o trabalho, virei-me pra ele e disse:
            -Vai ser sempre assim, Antony?
            -Não entendi!
            -Tipo: “eu acordei com um baita tesão e você não estava lá”... achei que fosse castigar-me.
            -Ah! Elise, isso foi apenas uma frase. Eu não estava bravo com você. A verdade é que eu adoro a cara de medo que você faz! –e riu. Que safado! –Recomendo que você tire esse seu traseiro delicioso e preguiçoso dessa cama e vá as compras. Lembre-se: pra onde vamos está fazendo frio. Matthew irá acompanhá-la. –e beijou-me um dos lábios que estavam em O.
            -Posso pelo menos saber pra onde vamos? O que será que você está aprontando hein?
            -Apronte-se! Vamos partir ainda hoje. –e saiu.
             **********
            Por volta das 17h, Antony chegou em casa.
            -Elise está pron...? –e parou ao ver-me vindo pelo corredor vestindo uma blusa vermelha com gola rolê, um jeans bem justo e botas de salto, cano alto. Eu tinha aproveitado e feito o cabelo e as unhas com um vermelho brilhante.
            -Pra onde vamos Antony? Quer me dizer!
            -Uau! Com você vestida desse jeito, eu acho que nós vamos já pra aquela cama. –e abraçou-me bem apertado e beijou-me apaixonadamente. Enquanto isso, a Jas passava pela gente e pigarreava.
            -Antony! –repreendi-o.
            -Se nosso voo não saísse daqui a pouco eu juro que te foderia agora mesmo, mas eu vou fazê-lo no avião. –e puxou-me pela mão. –Vamos.
            Que? No avião? Não! Parei bruscamente.
            -No avião? Acho que nós temos um tempinho, vem... –puxei-o de volta ao corredor.
            -Não mesmo! E perder a chance de baixar essas suas calças no banheiro e te comer com essas botas! Ah Elise, a espera é o preço que eu faço questão de pagar. –Ah Minha nossa! Tô ferrada com esse homem!
            -Nós podemos ser presos por atentado ao pudor Antony! Pelo amor de Deus! –implorei.
            -Nós seremos discretos! Você só precisa gritar não muito alto. Só não garanto que vai conseguir, porque vou te foder pra valer.
            Meu Deus eu já estava pronta pra ele!
            Descemos e no elevador, aquele sorrisinho de menino levado que está aprontando alguma, não saía dos seus lábios. Passou a mão na minha coxa, sentindo meu jeans, depois a mão foi pra minha bunda. E puxou-me contra si.
            -Céus! Você faz ideia do quanto eu te desejo? –falou coma boca colada a minha.
            -Se for igual a fome que eu tenho de você, acho que faço! –e mordi seu lábio inferior.
            Ele enfiou sua língua dentro da minha boca e prendeu-me junto a parede. Comecei a provocá-lo, escondendo minha língua. Seu pau ficou bem maior e ele esfregou-se em mim, abaixando-se para alcançar uma fricção melhor.
            -Merda, dá-me essa língua! –gritou furioso.
            -Hummm! Não!
            -Não? Você adora me provocar!
            -Vem buscar! – ele veio e Deus se ele não estava fodendo minha boca eu não sei que tipo de beijo era aquele, só sei que o queria dentro de mim.
            O elevador abriu-se, mas ele não parou de beijar-me e encostou-me na porta do carro, tamanha era sua paixão. Quando me dei conta que tinha alguém ao volante e vendo tudo. Afastei-o delicadamente, para ele não achar que aquilo era uma provocação também.
            -Antony, o Mathew! –ele respirou profundamente junto a minha boca, acalmando-se.
            -Você me deixa louco! –abraçou-me. Senti sua enorme ereção pressionando-me, queria fazer alguma coisa pra aliviá-lo, mas o motorista-faz-tudo estava lá. Que merda! Se ao menos estivéssemos sozinhos...
            Já dentro do carro, sorrimos um pro outro como cúmplices e é claro eu não tinha cara pra olhar pro Mathew, que percebendo meu constrangimento tratou de acionar a tela divisória entre os bancos. Ufa! De repente, Laura Pausini começou a tocar e “Un emergenza d’amore” invadiu o automóvel. Olhei pra ele, franzindo as sobrancelhas.
            -Pista 1. –respondeu brincalhão. Uma coisa era certa, ele tinha planejado tudo aquilo e estava se divertindo como um garoto de dez anos. Tão lindinho! Meu coração transbordou e eu fiquei me achando, sentindo que era a única a proporcionar aquilo a ele. Pretensão minha é claro! Mas, que eu estava me sentindo, ah! Eu estava.
            -O que eu ganho se acertar? –provoquei-o.
            -Não é melhor você perguntar o que acontece se errar? –provocou-me de volta.
            MERDA!
            -OK! O que acontece?
            -Você vai pagar prendas pra mim.
            -Como assim, pagar prendas? Antony!
            -Nada demais, ficar sem sutien, sem calcinha, colocar um pedra de gelo na minha borboletinha...
            -Como é que é? Pedra de gelo... na... você só pode estar brincando!
            -Não estou não. Também não tem que ser necessariamente nessa ordem, eu posso colocar a pedrinha primeiro! –sorriu.
            Olha vou confessar uma coisa, eu fiquei com água na boca e naquele momento, vendo-o bem divertido e lindo, vestindo um dos ternos mais comuns, que lhe dava uma sensualidade do cacete, eu simplesmente não resisti. Minha vontade era de possuí-lo, senti-lo, degustá-lo, mordê-lo.  Então parti pro ataque e agarrei seu rosto e beijei-o. Mordi seu lábio e senti seu cheiro no pescoço.
            -Tem ideia do quanto você me deixa louca? Tenho vontade de mordê-lo, sentir o gosto do seu sangue em minha boca só pra saber se você é mesmo tão docinho quanto parece. –falei em seu ouvido.
            -Você tem dez minutos! –e abriu o zíper da calça.
            Bem, não dava pra tirar essa maldita calça apertada, então expu-lo e abocanhei-o numa chupada profunda e ritmada, levando-o a apertar o banco de couro com as mãos. De repente diminuía e subia lentamente, parando a língua na pontinha fazendo círculos, olhando em seus olhos, vendo-o se perder e gemer de prazer. Ele era uma delícia.
            -Você gosta disso, não é?
            Em resposta engoli-o o mais profundo que conseguia.
            -Merda Elise! Isso!
            Vê-lo entregar-se assim ao prazer e se perder em meus olhos era a coisa mais louca e mais erótica que já vi e vivi. Eu conseguia tirar isso dele. Fazê-lo perder totalmente o controle e o mais importante, quando o trazia de volta ao planeta Terra, seu olhar terno e apaixonado falava muito mais que palavras. Não era preciso dizer nada. Nós não agradecíamos o prazer proporcionado, não com palavras, e sim com nossas reações e entrega. Estar com ele era transcendental, pura entrega e perdição. Algo totalmente sexual, no mais cru que isso possa parecer. Sem vergonha, sem medos, sem tabus: só NÓS. Ficar longe dele doía, meu prazer doía. A necessidade dele estava cada vez mais intensa, mais doente, como uma droga que roda sua mente e você não consegue mais respirar sem ela.
            -Goze pra mim Antony, eu quero sentir seu gosto agora. –e assim ele fez, gozou alto, jorrando seu jato grosso e quente em minha garganta, para que eu pudesse saciar minha necessidade dele.
            -Meu Deus! Você acaba comigo! –disse exausto. E olha que eu estava fazendo todo o trabalho!
            Dei um sorrisinho e voltei pro meu lugar ao lado dele no banco.
            -Você me deve uma chupada!... Gostoso! –ele pegou minha mão e beijou-a.
            -Quando quiser!
            -Nós estamos indo a um show da Laura Pausini? –mudando de assunto.
            -Não!– MERDA! ERREI! –Você me deve uma prenda. –e riu malicioso.
            -Nós vamos viajar com a Laura Pausini? –já viram que eu quero pagar as prendas né? Pôxa estou apelando...
            -Deus, Elise! Definitivamente não! Agora são duas prendas!
            -Céus Antony! Dá-me mais uma pista!
            -A Laura é...
            -Cantora!
            Sua gargalhada ecoou dentro do carro e o fato de eu estar dando uma de burrinha só pra diverti-lo, fez com que ele olhasse de relance pra mim, estudando-me.
            -Agora já são três prendas! Eu acho que você está trapaceando.
            -Eu? Mas ela não é cantora????
            -Elise?
            -Tá bom! Eu já sei que estamos indo pra Itália. Só não sei pra que lugar lá!
            -Veneza!
            -Antony! Que romântico!
            -Chegamos!
            Por pouco não perdemos o voo, fizemos o check-in rapidinho e embarcamos. High class e tratamento vip são outra conversa. Decolamos sem nenhum transtorno e o tempo estava a nosso favor. Quando o uso dos eletrônicos foi liberado, Antony pegou seu Lap e começou a trabalhar. Era bom demais pra ser verdade!
            -Entediada? –perguntou sem olhar pra mim.
            -Como você faz isso?
            -Faço o quê? –ainda sem olhar.
            -Nada! Esquece! –olhei pro lado e cumprimentei a mulher que estava do outro lado do corredor com um sorrisinho.
            -Tire o sutien!
            -Quê? Como assim? Aqui?
            -É Elise! Agora!
            Olhei pro lado a mulher estava observando-nos. Ele colocou-me no corredor de propósito. MALDITO. Sorri pra ela de novo e olhei pra ele.
            -E então? –ele aguardava.
            Enfiei o braço por baixo da blusa, atrás e abri o sutien. Oba! De primeira! Depois puxei a alça dele pela manga da blusa. De um lado e depois do outro. Tudo bem devagar, olhando em seus olhos. Seu lap começou a apitar. Ele nem ligou. Daí direcionei meu olhar pra minha barriga e subi a mão por dentro da blusa para alcançar o sutien solto e o arrastei devagarinho deixando-o acariciar a pele sensível dos meus mamilos. Antony acompanhava todo o movimento com a respiração forte e ver suas narinas se moverem excitou-me. Puxei e entreguei-o. Ele pegou, cheirou e guardou no bolso do paletó. Depois voltou os olhos pra minha blusa, concentrando o olhar nos meus seios semidesnudos. É louco, mas, quanto menos ele me toca, mais eu o desejo, mais eu o sinto, mais sofro com a ausência do seu corpo. E nós estamos tão perto! De repente me vem aquele bolo na garganta e começo a imaginar como será quando não o tiver mais, quando minha droga sexual não estiver ao meu alcance. Quando nunca mais for possível senti-lo novamente dentro de mim. Meu Deus! Eu não estou preparada pra quando o furacão Antony passar!
            -Ei! Você está pensando demais! –ele disse parecendo ler meus pensamentos. Beijou-me.
            -Acho que sim.
            -Você está muito sexy assim. E imaginar a cor dos seus mamilos é a tarefa que estou mandando pro meu cérebro nesse momento.
            -E qual é a cor deles?
            -Quando você está excitada, como agora? –pisquei atordoada. –Rosa escuro. Um rosa escuro lindo do cacete.
            -Toque-me!-ele olhou pro casal do outro lado.
            -Eu mandei agora. –riu.
            -Tá necessitada? Tão depressa? Tsitsistsi!
            -Merda Antony! Toque-me.
            -Não!
            -Por favor!
            -Não!
            -E quando você não puder fazer isso? Quando não me tiver mais em seus braços? – aquelas palavras atingiram-no como flechas.
            -Por Deus Elise! Eu nem posso imaginar uma coisa dessas! – e beijou-me forte e selvagem, tocando-me um seio por cima da blusa. Perdemo-nos na paixão que nem percebemos que a comissária estava falando.
            Esfreguei meu nariz no seu e olhei no fundo dos seus olhos. Rimos.
            -Você sabe que será castigada por me fazer perder o controle, não sabe?
            -Eu não me importo!
            -Espere-me no banheiro! Agora!
            Levantei e encaminhei-me. Não sei bem como fiz isso. Minhas pernas estavam bambas como sempre, mas fi-lo. Sorri pra comissária que passava e entrei. Respirei profundamente. Agora é só esperar! Essa maldita espera é o que me mata. Então, escuto a porta abrir-se. Meu coração dispara.
            -Vire-se! E segure-se na pia. –Uau!
            Ele agarrou meus seios e apertou-os forte.
            -Você queria isso? Responda!
            -Sim. Mais forte.
            -Sua língua. Eu quero sua maldita língua!
            E beijou-me enquanto maltratava meus mamilos.
            -Tire a calça!
            Com dificuldades desabotoei o botão e abaixei o zíper. Que merda de calça apertada! E percebendo minha falta de jeito, ele mesmo abaixou-a. E como se a calcinha fosse de papel rasgou-a. Tocou sua borboletinha convulsiva.
            -Ela está uma delícia! -disse e penetrou-me bem devagar.
            -Ah! –gemi baixinho tentando abafar os sons.
            Então ele veio mais algumas vezes com uma lentidão agonizante para em seguida impor o ritmo HILL de ser, bombando com tudo, fazendo-me agarrar a pia com força. A cada estocada sentia suas bolas bater em meu traseiro, uma vez ou outra ele retirava-o e esfregava na minha outra entrada. Sabia que estava provocando-me, mas em seguida penetrava-me novamente e arrasava-me, levando ao quase êxtase, para depois me torturar ao ouvido:
            -Você quer mais Elise?
            -Sim.
            -Você ainda quer me deixar?
            -Quê?
            E voltava com tudo novamente!
            -Isso! Sufoque seus gritos!
            -Maldito!
            -Goze pra mim! Vamos! Agora!
            E eu gozei como nunca, numa mistura de dor e prazer. Sabia que ia ficar dolorida, mas valia a pena, como tudo o que ele fazia por mim. Meu corpo todo tremeu e meu último grito foi abafado pela sua mão em minha boca. Quando voltamos da viagem do nosso orgasmo, ele sussurrou em meu ouvido:
-Se está pensando em me deixar vou dar um recado: quanto menos você me ver, mais vai me querer! E quanto menos você me querer por estar lutando, muito mais vou estar com você. Eu juro Elise! Ninguém nunca será capaz de entender, só VOCÊ e EU. Vestiu-se e saiu como um furacão, deixando-me totalmente arrasada, descabelada e dolorida.
           



sábado, 2 de novembro de 2013

Capítulo 17 - Déjà-vu: Parte 2

Fiz o que ele mandou, tirei a túnica e a calcinha e deitei-me no chão. Depois de uma eternidade, finalmente ele disse;
            -Abra as pernas! –ordenou. Obedeci. –Não assim! Dobrando os joelhos. –Oh! Meu Deus! –Feche os olhos.
            Antes de fechar os olhos, senti-o aproximar-se e ajoelhar-se entre minhas pernas. Senti-o tocar-me com um dedo. Retrai-me.
            -Shhhhh! Relaxe! Você é tão linda! E já está bem prontinha pra mim. –provocou-me com seu dedo um pouco mais, deixando-me louca por ele, querendo-o insanamente, levando-me bem perto, fazendo-me implorar por mais.
            -Quer dizer que você já está em oração? –disse sorrindo. Então abriu mais minhas pernas e colocou-se em cima de mim. Prendeu minhas mãos acima da cabeça e beijou-me o pescoço.
-Agora que é minha, posso tirar sua virgindade. 0abri os olhos ao ouvir aquilo. Céus ele estava fantasiando! Então me prendeu com suas pernas e disse:
-Vire-se! – Ah! Minha Nossa!
Empurrou meu cabelo por cima da cabeça, beijou minha nuca e foi descendo pela coluna. Suas mãos estavam na minha cintura, apertando-a, distribuiu beijinhos e mordidas por ali enquanto massageava minha bunda. Merda! Será que ele quer???? Levantou meus quadris, deixando-me bem exposta, em seguida veio até o meu ouvido e disse com a voz rouca de desejo:
            -Entregue-se Elise! Vou capturá-la e fodê-la de todas as formas possíveis. Só preciso que você se entregue.
            Lembrei nessa hora das vezes que tentei satisfazer o Marcelo, em busca de um tipo diferente de prazer, o que só me deixava bastante dolorida. Respirei fundo e tentei enviar pro meu cérebro que era outro homem que estava ali, o Antony, que estava derrubando todas as minhas barreiras, concedendo-me um prazer absoluto e fazendo meu corpo reagir de uma forma que jamais pensei que fosse capaz.
            Ele voltou para as minhas nádegas, beijou-as. Tocou-me lá, espalhando toda a minha lubrificação pelas entradas. –Oh! Que gostoso! Não pensei que fosse tão bom assim! Ele faz tudo parecer delicioso. – senti sua língua passeando por ali, me torturando muito, levando-me ao limite, fazendo-me implorar, até que seu pau forçou a entrada na minha entrada tímida. Relaxei e abri-me para ele, permitindo invadir e apossar-se de mais uma parte do meu corpo, que ora mostrava-se frustrada e traumatizada. Minha mente girou! Tamanha era a sensação. O desconforto foi substituído por algo inexplicável. Meu prazer foi trabalhado com tanta intensidade por seus dedos, que fodiam minha borboletinha e arrancavam de mim suspiros e gritinhos. Choraminguei quando cheguei ao ápice gritando seu nome. Ele veio em seguida se derramando e estapeando minhas nádegas, amaldiçoando-me.
            -Antony, seu cretino! Com força! –eu pedia.
            -Maldita seja mulher! O que tem nesse corpo que eu não consigo resistir. MERDA! AH CACETE!
            Saiu e mais uma vez meu corpo sentiu-se abandonado. É quando ele está dentro de mim que me sinto completa. É nessa hora que nos fundimos e nos tornamos um só ser. Perfeitos. Ele me trouxe pro seu peito e abraçou-me. Ele ainda estava vestido. A última coisa que me lembro foi o encontro dos nossos olhos e nossos sorrisos. Apaguei.
*************
Em 1887...
            -Ande! Venha! Eu já mandei sair dessa carruagem.
            -Papai, por favor não faça isso! Eu imploro.
            -Não seja egoísta, pense em seus irmãos! Estamos morrendo de fome.
            -Papai não! –Mas ele arrancou-me pelos cabelos de dentro da carruagem.
            Quando saímos paramos diante de uma enorme casa e um homem baixinho, com uma enorme pinta no queixo olhou-me e sorriu.
            -Traga-a pra dentro. A madame já vai recebe-los. –disse aquele homem asqueroso.

*********************
            -Ora, ora! Venha aqui minha menina. Deixe-me olhá-la. –disse aquela mulher gorda com um decote que fazia seus seios quase pular para fora, sem contar nos lábio vermelhos.
            -Ah Mais é muito linda! Essa pele! É virgem?
            -Sim Madame. Anne é donzela.
            -Já sei pra quem vou oferecê-la primeiro. Quanto o senhor pede?
            -Dois mil dólares.
            -Dois mil dólares? Tá louco?
            -Com dois mil dólares, sabe quantas eu compro? Acha que ela é melhor que as outras? Dou Mil dólares porque gostei da coitadinha e sei que vou reaver rapidinho meu investimento.
            Meu olhou pra mim e eu pensei que ele fosse desistir na última hora, mas...
            -Desculpe Madame. Eu aceito.
            -Aramis! Traga o dinheiro! Aqui está! Lembre-se: eu não o conheço e o senhor não é mais seu pai. Ela agora pertence a mim.
            Aramis, o baixinho asqueroso, prendeu-me nos braços, enquanto meu pai retirava-se e largava-me a minha própria sorte. Desmanchei-me em lágrimas de desespero.
            -Papai! Papai! Largue-me! Largue-me!
            -Não chore moça bonita! Aceite seu destino. Vou ensiná-la a ser uma boa cortesã!
            -Não! Largue-me!
            -Lave-a e peça para s criadas lavá-la, vesti-la e alimentá-la, deve estar faminta a pobre coitada. Vou mandar uma correspondência pro Senhor Hill!
            -Não! Deixe-me ir. Eu lhe suplico, Madame! Deixe-me ir.
            -Hahahaha! Só depois que eu ganhar um bom dinheiro com essa sua carinha linda e esse seu corpinho magro. Odeio todas vocês. Leve-a agora. Tire-a da minha frente!
            Aquele monstro aproveitou o momento e enquanto me tirava dali, passava a mão em minha cintura, tocando meu rosto, meus seios.
            -Pare! Não toque em mim! Seu monstro asqueroso! Pare!
            -Eu também vou me divertir com você, pode ter certeza. Assim que o Senhor Hill cansar de você e manda-la de volta pra cá. Eu faço isso com todas! Sua delícia. Vou lamber sua pele toda e você vai ficar paradinha porque eu vou amarrá-la e amordaça-la. Ninguém vai te salvar. Hahahahahah.
            Tive uma ânsia de vômito e quase não vomitei em suas mãos, mas aí lembrei que não tinha comido nada. Desde ontem que não comia nada. Desmaiei. Quando acordei estava nua em uma banheira, sendo lavada.
            -Ah! A princesa resolveu acordar! Dormiu bem gracinha? Quer comer agora?
            -Acho que ela vai querer usar a coroa de ouro também! –e as duas moças riram de mim. Sentia-me fraca. Lavaram-me. Enxugaram-me. Escovaram meu cabelo e colocaram diante de mim uma bandeja com frutas, queijos e um líquido vermelho. Comi que nem uma mendiga. Nunca senti tanta fome na vida. Engasguei com o líquido.
            -Ah! A princesa não está acostumada com vinho. –e riram alto de mim.

********************
            -Olá Senhor Hill! Que prazer recebê-lo em Red Rose House.
            -Poupe-me Madame Pleur! Vamos ao que interessa.
            -O senhor vai gostar dessa. É o seu tipo.
            -A senhora disse o mesmo de todas as outras e eu estou cansado dessas moças choronas e tristes. Estou desperdiçando meu dinheiro com todas elas.
            -Mas quando o senhor as devolve eu o reembolso, parceladamente é claro. Estou enganada?
            -Não Madame, a senhora não está! Temos um negócio. Traga-a de uma vez.
            -Aramis! Vá buscar o coelhinho assustado!- Riram os dois.
            Aquele monstro entrou no quarto e pegou-me pelo braço. Elas tinham dividido meu cabelo ao meio e eles caiam sobre os ombros e costas, cobrindo as laterais do meu rosto. Espalharam uma colônia também em mim. Assim quer entramos, a Madame estava sentada fumando e havia um homem de costas que olhava pela janela. Meu coração acelerou. Senti que ia desmaiar novamente. Quando olhei pra Madame ela mandou um sinal que eu olhasse pra baixo.
            -Saia Aramis! –ela ordenou e o homem asqueroso pareceu não gostar da ideia de sair naquele momento.
            O homem virou-se e ficou olhando pra mim. Percebi pelo movimento dos seus sapatos finos, pois eu estava olhando pra eles. Ele aproximou-se e deu a volta ao meu redor, parando novamente em minha frente. A Madame levantou-se e colocou-se por trás de mim, desfez o laço que prendia a túnica em meu corpo nu e sem que eu ao menos reagisse, jogou-a pra baixo, deixando-me completamente nua na frente daquele homem. Meu peito subiu e eu comecei a respirar muito rápido. Corei. O estranho pegou sua bengala e colocou-a em meu queixo levantando-o para encará-lo.
            Quando nossos olhos encontraram-se, senti uma coisa muito estranha. Eu nunca havia o visto antes. Achei que fosse um velhote tarado, mas ele era muito jovem e tratava-se de um homem muito bonito, o mais lindo que já tinha visto na vida. Seus olhos não esconderam a surpresa e ele perguntou:
            -Como se chama? –sua voz era forte, calma e sedutora.
            -Ela se chama...
            -Eu perguntei a ela Madame. –interrompeu-a.
            -An... Anne, Senhor! –minha voz soou fraca, tímida, irritavelmente baixa e demonstrava o quão assustada encontrava-me.
            -Qual o preço, Madame?
            -Dois mil dólares! – arregalei meus olhos ao ouvir aquilo.
            -Mas a senhora cobrou mil do meu pai.
            -Cale-se insolente! Você não tem permissão pra falar.
            -Senhor Hill, entenda que posso conseguir muito mais com ela. Nós dois sabemos disso! Mas, se o Senhor não gostar do preço, posso oferecê-la ao Sr. McFerry.
            -É donzela? –perguntou somente.
            -Sim! O pai garantiu que sim.
            -Isso eu verificarei pessoalmente! – e tirou uma grande quantidade de dinheiro do bolso e entregou pra bruxa. –Tome! Vou ficar com ela!
            Enquanto a mulher contava o dinheiro ele vestiu minha túnica e levantou novamente meu queixo para encará-lo e novamente mandou aquele olhar hipnotizante pra mim. Pare já com isso Anne! Ele é um monstro igual a todos nessa casa! Ele vai machucá-la, desonrá-la e abusar de você durante, sabe-se lá, quanto tempo! –eu dizia a mim mesma, mas aquele rosto, aqueles olhos e mãos dizia-me muito mais coisas.
            -Pode leva-la Sr. Hill! –disse a Madame.
            -Não! –gritei

**********************
            Acordei assustada olhando de um lado pra outro. Estávamos na cama.
            -Elise, você está bem?
            -Antony? É você? Onde estamos?
            -Você teve um pesadelo! –abriu os braços e chamou-me de volta para eles. Recuei. Ele olhou-me estranho. Lembrei-me do lance da submissão e deitei-me em seus braços. Ele abraçou-me.
            -Shhhhhh! Calma! Foi só um sonho ruim!
            -Antony! Antony! Eu, eu sonhei...
            -Shhhhhh! Não precisa me contar nada! Acalme-se primeiro.
            -Você me comprou!
            -Não de verdade Elise. Era só uma cena.
            -Em meu sonho, você me comprava de verdade.
            -Isso ficou em seu subconsciente!
            -Não! Parecia tão real!
            Ele abraçou-me mais forte e disse:
            -Tá vendo até nos sonhos você me pertence. Agora durma.  –e beijou-me nos lábios.

********************
            Acordei sentindo todo o seu calor em mim. Olhei pra cima e ele estava dormindo profundamente. Sorri pra ele, agradecendo mais uma vez pela experiência. E o melhor de tudo: eu não estava nada dolorida, nenhum pouco. Yeah! Vou fazer uma surpresa pra ele. É isso aí! Vou trazer seu café na cama. Tratei do tomar um banho rápido e colocar algo decente! Céus! Antony você tem cada ideia!


            Entrei na sala e coloquei Josh Stone no aparelho de som e fui pra cozinha. Jas estava lá e estranhou minha empolgação. Peguei duas colheres de pau, dei-lhe uma e improvisamos microfones com eles. Começamos a cantar a música e a dançar ao ritmo soul, com a bela voz black da cantora.
            -Isso garota! Mostre-me que você tem sangue negro nesse seu traseiro magro. –dizia ela. Rimos bastante enquanto preparávamos a bandeja do Sr. Hill.
            Enquanto dávamos um show à parte, Antony acompanhava tudo encostado à porta do corredor que dava acesso aos quartos, com o cabelo bagunçado, vestido numa calça jeans: fechada só no zíper e descalço. PUTA MERDA! Ele estava delicioso. Ele bateu palmas pra nós.
            -Terminaram o showzinho? –sua cara não era a das melhores. Mas cara, confesso, era LINDO DEMAIS.
            -Antony, desculpe, eu estava preparando seu café da manhã, com a Jas.
            -Quem mandou você sair da cama? –Merda. Ele estava sério demais.
            -Eu...
            -Shhhhhh! Pro quarto! Agora!
            Olhei pra Jas e ela mandou aquele olhar: ACHO.MELHOR.VOCÊ.OBEDECER. Passei por ele, que veio atrás de mim. Quando entramos no quarto, eu falei:
            -Anty! Eu sinto muito...
            -Shhhhh! Eu acordei com um puta tesão e você não estava aqui! Por que você adora me provocar?
            MERDA! MERDA! MERDA!