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No carro peguei o celular e liguei pro
Gilian. Precisava falar com alguém. Não conseguia conter as lágrimas. Droga ele
não atende. Onde você se meteu seu babaca? É melhor ouvir uma música. Sempre
consigo relaxar com música. Droga atende Gilian! Nada. Não quero voltar pra
casa. Sei que ele vai atrás de mim. Por que estou me sentindo tão péssima?
Gilian. Nada. Caixa de mensagem. Melhor eu me concentrar na estrada. Pra onde
estou indo? Melhor ir pra um hotel. Isso. Assim ele não vai me perturbar. O
celular vibra. Gilian. Não. É ele. Não vou atender. Não quero falar com ele.
Não hoje. Talvez nunca. Novamente. Não adianta. Não quero falar com você.
Cheguei. Isso! Vou ficar nesse hotel. Mensagem no celular. Dele.
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De: Antony
Hill
Para: Elise
Campelo
Hora: 23:55
Não fuja de mim Elise. Deixe-me explicar
o que está acontecendo. Estou furioso com sua mania de deixar-me.
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Ignoro-a. Devo responder? Vamos lá.
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De: Elise
Campelo
Para: Antony
Hill
Hora: 23:59
Está furioso? E vai fazer o quê? Vai me
bater?
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O celular toca. É ele. Não vou atender.
Toca. Toca. Mensagem.
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De: Antony
Hill
Para: Elise
Campelo
Hora: 00:07
Não me provoque. Estou muito, muito
furioso com sua reação. Será que não sabe conversar? Tem sempre que ser tão
impulsiva e agir como uma louca.
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Ah! Agora eu sou louca!
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De: Elise
Campelo
Para: Antony
Hill
Hora: 00:10
Quer dizer que eu agora sou louca? Você
anda vendo fantasma em tudo quanto é mulher. Trata as mulheres como escravas
sexuais e eu sou a louca? Vá se ferrar!
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“Que droga! Essa mulher consegue me
tirar do sério! Como ela descobriu? Só pode ter sido a Paula. Por que ela fez
isso? Se você pensasse mais com o cérebro e menos com o pênis Hill, não se
meteria nesse tipo de coisa. Preciso localizar aquela idiota.”
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De: Antony
Hill
Para: Elise
Campelo
Hora: 00:15
Eu sei que você está no Madison Hotel. Estou aqui embaixo. Durma.
Amanhã conversaremos. Estou cansado e ainda preciso resolver um problema.
Descanse. Eu sou um fodido mesmo. Espero não ter estragado muita coisa. Não
acredito que vou dormir longe de você!
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Não vou responder. É melhor desligar o
celular. Nossa que susto! Gilian!
-Alô! Gilian?
-Oi meu anjo!
O que você quer de mim?
-Onde você se
meteu?
-Estou na cama
com meu Deus grego!
-Me poupe dos
detalhes sórdidos! Preciso conversar!
-Pensa que é
só você que tem vida sexual intensa é, meu bem?
-Gilian?
-Desculpe!
Desculpe! Você quer conversar agora?
-Não! Amanhã
na faculdade. OK? Estudou?
-Merda! O que
é que tem amanhã?
-Prova final!
-Já é amanhã?
-Vá se ferrar
Gilian!
-Nossa você
está precisando conversar mesmo?
-Até amanhã!
Fiquei remoendo as palavras daquela
mulher. Preciso pesquisar mais sobre o assunto. Dominador. Submissa. Escrava
sexual. Castigo. Privação do prazer. Coleira. Símbolo. Grupo. Essas palavras
não saiam do meu pensamento. Antony. Meu amante perfeito. Por que você não pode
ser normal? Por que tem que gostar dessas coisas? Você é capaz de
transportar-me para um mundo cheio de sensações. De um prazer absoluto. Não
queria que isso acabasse assim. Queria ver até onde você seria capaz de levar-me.
Talvez eu possa encontrar um meio-termo. Nós possamos. Espero que sim. Meu
amante perfeito!
Quando deixei o quarto na manhã
seguinte, fui direto fechar a conta na recepção, mas assim que saí do elevador
ele estava esperando-me na sala de estar. Oh! Não. Levantou-se e aproximou-se
de mim.
-Por favor! Aqui não. Eu não quero ter
essa conversa tão cedo e aqui. Vou fechar minha conta.
-Eu já fechei sua conta! Já tomou café?
-Meu Deus! Até onde vai seu controle?
Não estou com fome!
-Ah! Mas, você vai tomar café sim! Você
já fez besteira demais. Alguém aqui tem que ter um pingo de sensatez.
E antes que eu pudesse reagir ele
conduziu-me pelo braço. É pelo braço! Até o restaurante do hotel.
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-Senhor Hill. O senhor não pode entrar
assim! –advertiu Teresa.
-Onde ela está? Só pode estar no quarto!
The Corrs cantava “Breathless” no volume
máximo. E eu arrumava-me no quarto cantando, dançando e girando. Antony entrou
feito um furacão, mas eu não parei o que estava fazendo. Ele olhou-me surpreso.
Com certeza não esperava encontrar-me daquele jeito. Cantarolando, sorrindo pra
ele. Estava só de calcinha e sutien e à medida que a música avançava eu me
vestia. Girando e cantando. Ele olhava extasiado. Agora estava sorrindo
relaxado.
“É uma feiticeira mesmo! Dá pra entender
essa mulher? Como ela consegue ser tão linda! E me enfeitiça dançando assim.
Não Hill! Certamente domá-la é a pior coisa que você fará na sua vida. Vai
roubar-lhe esse brilho selvagem e livre que só ela tem...”
Beyonce entrou com “Crazy Love” e aí
repeti o show que dei na festa da Claire pra ele. Estava estupefato! Abria e
fechava a boca como se quisesse dizer algo. E respirou profundamente. Eu sabia
que precisaria de outro banho. Talvez com ele... repeti a música e abaixei-me
ficando de quatro e aí engatinhei até ele. Pedi pra ele sentar-se. Passei as
mãos por suas coxas grossas e firmes e fui até o cinto. Abri-o. Ele pegou meu
rosto. Tirei suas mãos.
-Mãos na cama! Não se mexa! Entendeu?
–repeti suas palavras.
Ele levantou a sombracelha e riu. Puxei
seus quadris colocando-o bem na ponta da cama. Abri o botão da calça e o zíper.
Puxei a camisa que estava por dentro da calça, levantei-a e beijei sua barriga,
passando meus lábios pelos pêlos daquele caminho que nós já conhecemos. Ele
suspirou. Expu-lo. Ótimo! Ele estava muito excitado.
-Sou eu quem vai foder você!
“Meu Deus ela só pode estar lendo meus
pensamentos...”
Coloquei-o na boca e comecei a chupá-lo.
Cobri os dentes com os lábios e enfiava cada vez mais profundo. Nossa ele gemia
e suspirava. Ah! Uma vez ou outra o tirava e lambia a pontinha. Hummmm ele era
uma delícia. Massageava-o também. Ele se agarrava ao lençol da cama. Quando
comecei uma fodida implacável ele agarrou minha cabeça enterrando bem fundo na
minha garganta.
-Isso gostosa!
Quando estava prestes a gozar ele disse
entre os dentes:
-Se você não sair agora vou gozar dentro
da sua boca!
Enfiei-o bem mais fundo e senti-o se
derramar dentro da minha boca. Engoli tudo, enquanto ele olhava surpreso. Fui
subindo deixando um caminho de beijinho até encontrar sua boca. Ele beijou-me e
disse:
-Agora é minha vez!
Antony pegou meu hobby de seda e
tirou-lhe faixa. Veio até mim e pediu que o deixasse amarrar-me. Concordei,
pois estava curiosa demais com aquele olhar.
-Junte os pulsos. –obedeci. –Vou
amarrar-lhe ao pé da cama pra que você não se mexa. OK? Se quiser parar é só
pedir, entendeu? Você confia em mim? –respondi que sim. –Ótimo! Posso confiar
em você? –respondi que sim. –Vou foder você com muita força! Lembra-se do lance
da respiração? Eu só vou parar se você pedir.
Amarrou meus pulsos e puxou meu corpo de
forma que eu fiquei com os braços esticados e imobilizados.
-Ah honey! Quero que veja o que eu sou
capaz de fazer com seu corpo. Você quer gritar? Porque eu vou fazer você
implorar...
-Quero! –Quero? Porque? Questionou meu
inconsciente.
-Ótimo.
Abriu minha blusa e fez um caminho de
beijinhos do alto do meu pescoço até o meu umbigo. Contorci-me. Nossa! Isso é
muito bom! A respiração começou a ficar pesada.
-Quieta! Paradinha! Assim você vai
absorver melhor o prazer! –disse ele com a boca junto a minha barriga.
U2 cantava ao fundo “With or without
you” bem apropriada para o ritmo que as sensações estavam provocando em meu
corpo. Fechei os olhos e me entreguei como sempre fiz com esse homem, porque
estar com ele é indescritível. Só pode haver algo a mais nisso. É mágico demais,
o que ele é capaz de fazer comigo. Tirou o jeans bem devagar. Beijou minhas
pernas, pés, coxas e todo o contorno da minha calcinha.
-Olhos abertos! Fique comigo Elise!
Quero que você veja que sou eu quem estará aqui quando você voltar.
Querem saber se isso foi um estopim? Pra
minha pele já sensível e o meu corpo ansioso? Sim. Sempre. Porque é isso que
ele faz de melhor. Ele me conduz sonoramente, estimula meu corpo como bem
entende e depois me joga abismo abaixo e não sei como ele faz isso, mas, pode acreditar
que ele estará lá embaixo pra amparar-me dessa queda. Porque ele é, bem, ele é
meu amante perfeito.
-Vamos tirar isso aqui! –e tirou minha
calcinha.
Pegou minhas pernas dobrou-as e
encostou-as junto ao meu corpo. É desse jeito mesmo. Pensei em o quanto eu
estava exposta. Mas, como se estivesse lendo meus pensamentos ele disse:
-Tem ideia do quanto é linda!
Tocou-me lá.
-Já está tão prontinha pra mim honey!
Enfiou um dedo em mim, contorci-me.
Depois outro. E girou-os. Gritei. Não de dor, mas de uma sensação espetacular.
Com o polegar estimulou meu clitóris. Gritei. Meu deus o que é isso? Só o
polegar. Depois o giro. Só o polegar. Depois o giro. E ficou me torturando
assim por um tempo. Eu já estava louca. Ele sabia que não dava para atingir o
orgasmo assim, se pelo menos ele se concentrasse num único estímulo... A
verdade é que eu era só sensações. Respirar nessa hora era a coisa mais
difícil. Meu peito arfava com tudo aquilo.
-Respire Elise, respire!
-Por favor, Antony!
Ele riu. Desgraçado. Conhecia meu corpo
melhor do que eu. Subiu sua boca e procurou meus mamilos e com os dentes
puxou-os, um de cada vez. De um rosa claro a um rosa escuro eles passaram
automaticamente. Eles sempre ficavam assim com o Antony. Porra! Mordi o braço.
-Ah! Por favor Antony pare de me
torturar.
-Calma honey! –riu. –Você está quase lá!
-Merda! Você vai me deixar... ahhhhhh!
-Sim, meu bem. Diga o que você quer.
Diga que eu quero ouvir. –ele falava isso rindo da minha situação. O pior era
ver aquele sorrisinho de triunfo em seus lábios.
-Quero você Antony agora.
-Onde?
-Dentro de mim. Por favor! –ah minha
nossa! Eu não aguentava mais aquela tortura.
E numa estocada só penetrou-me. Gritei.
Não de dor.
-Respire! –falou com a boca junto a
minha. –Está preparada? –só suspirei.
E ele veio com tudo fodendo do jeito que
ele disse ia fazer. Girando dentro de mim. Parando dentro. Saindo e entrando
bem devagar pra começar a estocar brutalmente. Na posição em que eu me
encontrava, realmente dava pra absorver todas as investidas dele. Esse homem
sabia o que fazia ligando meus mamilos a minha virilha, fazendo tudo em mim
vibrar. E quando nem as minhas pernas me obedeciam mais, eu finalmente senti
que estava perto...
-Vamos Elise goze pra mim! Goze!
Então, mais uma vez ele levou-me a mais
uma experiência sensorial que respondeu a um questionamento do meu inconsciente:
eu gosto de sexo assim. Eu gosto de ser tratada assim.
-Você está bem? –perguntou ele.
-Humm!
-Isso é o máximo que você consegue?
-Hummm! –ele riu.
-Vou levá-la comigo pra Manhattan
amanhã!
-Hummmmmm! –com certeza eu iria a
qualquer lugar com você meu amante perfeito.
menina do céu o que é isso? loucura loucura
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