sábado, 1 de dezembro de 2012

Capítulo 7 - Atualizado



7

        No carro peguei o celular e liguei pro Gilian. Precisava falar com alguém. Não conseguia conter as lágrimas. Droga ele não atende. Onde você se meteu seu babaca? É melhor ouvir uma música. Sempre consigo relaxar com música. Droga atende Gilian! Nada. Não quero voltar pra casa. Sei que ele vai atrás de mim. Por que estou me sentindo tão péssima? Gilian. Nada. Caixa de mensagem. Melhor eu me concentrar na estrada. Pra onde estou indo? Melhor ir pra um hotel. Isso. Assim ele não vai me perturbar. O celular vibra. Gilian. Não. É ele. Não vou atender. Não quero falar com ele. Não hoje. Talvez nunca. Novamente. Não adianta. Não quero falar com você. Cheguei. Isso! Vou ficar nesse hotel. Mensagem no celular. Dele.
__________________________________________________________
De: Antony Hill
Para: Elise Campelo
Hora: 23:55
        Não fuja de mim Elise. Deixe-me explicar o que está acontecendo. Estou furioso com sua mania de deixar-me.
____________________________________________________________
        Ignoro-a. Devo responder? Vamos lá.
__________________________________________________________
De: Elise Campelo
Para: Antony Hill
Hora: 23:59
        Está furioso? E vai fazer o quê? Vai me bater?
____________________________________________________________
        O celular toca. É ele. Não vou atender. Toca. Toca. Mensagem.
_________________________________________________________
De: Antony Hill
Para: Elise Campelo
Hora: 00:07
        Não me provoque. Estou muito, muito furioso com sua reação. Será que não sabe conversar? Tem sempre que ser tão impulsiva e agir como uma louca.
____________________________________________________________
        Ah! Agora eu sou louca!
___________________________________________________________
De: Elise Campelo
Para: Antony Hill
Hora: 00:10
        Quer dizer que eu agora sou louca? Você anda vendo fantasma em tudo quanto é mulher. Trata as mulheres como escravas sexuais e eu sou a louca? Vá se ferrar!
_________________________________________________________
        “Que droga! Essa mulher consegue me tirar do sério! Como ela descobriu? Só pode ter sido a Paula. Por que ela fez isso? Se você pensasse mais com o cérebro e menos com o pênis Hill, não se meteria nesse tipo de coisa. Preciso localizar aquela idiota.”
__________________________________________________________
De: Antony Hill
Para: Elise Campelo
Hora: 00:15
        Eu sei que você está no Madison Hotel. Estou aqui embaixo. Durma. Amanhã conversaremos. Estou cansado e ainda preciso resolver um problema. Descanse. Eu sou um fodido mesmo. Espero não ter estragado muita coisa. Não acredito que vou dormir longe de você!
___________________________________________________________
        Não vou responder. É melhor desligar o celular. Nossa que susto! Gilian!
-Alô! Gilian?
-Oi meu anjo! O que você quer de mim?
-Onde você se meteu?
-Estou na cama com meu Deus grego!
-Me poupe dos detalhes sórdidos! Preciso conversar!
-Pensa que é só você que tem vida sexual intensa é, meu bem?
-Gilian?
-Desculpe! Desculpe! Você quer conversar agora?
-Não! Amanhã na faculdade. OK? Estudou?
-Merda! O que é que tem amanhã?
-Prova final!
-Já é amanhã?
-Vá se ferrar Gilian!
-Nossa você está precisando conversar mesmo? 
-Até amanhã!
        Fiquei remoendo as palavras daquela mulher. Preciso pesquisar mais sobre o assunto. Dominador. Submissa. Escrava sexual. Castigo. Privação do prazer. Coleira. Símbolo. Grupo. Essas palavras não saiam do meu pensamento. Antony. Meu amante perfeito. Por que você não pode ser normal? Por que tem que gostar dessas coisas? Você é capaz de transportar-me para um mundo cheio de sensações. De um prazer absoluto. Não queria que isso acabasse assim. Queria ver até onde você seria capaz de levar-me. Talvez eu possa encontrar um meio-termo. Nós possamos. Espero que sim. Meu amante perfeito!
        Quando deixei o quarto na manhã seguinte, fui direto fechar a conta na recepção, mas assim que saí do elevador ele estava esperando-me na sala de estar. Oh! Não. Levantou-se e aproximou-se de mim.
        -Por favor! Aqui não. Eu não quero ter essa conversa tão cedo e aqui. Vou fechar minha conta.
        -Eu já fechei sua conta! Já tomou café?
        -Meu Deus! Até onde vai seu controle? Não estou com fome!
        -Ah! Mas, você vai tomar café sim! Você já fez besteira demais. Alguém aqui tem que ter um pingo de sensatez.
        E antes que eu pudesse reagir ele conduziu-me pelo braço. É pelo braço! Até o restaurante do hotel.

********

        -Senhor Hill. O senhor não pode entrar assim! –advertiu Teresa.
        -Onde ela está? Só pode estar no quarto!
        The Corrs cantava “Breathless” no volume máximo. E eu arrumava-me no quarto cantando, dançando e girando. Antony entrou feito um furacão, mas eu não parei o que estava fazendo. Ele olhou-me surpreso. Com certeza não esperava encontrar-me daquele jeito. Cantarolando, sorrindo pra ele. Estava só de calcinha e sutien e à medida que a música avançava eu me vestia. Girando e cantando. Ele olhava extasiado. Agora estava sorrindo relaxado.
        “É uma feiticeira mesmo! Dá pra entender essa mulher? Como ela consegue ser tão linda! E me enfeitiça dançando assim. Não Hill! Certamente domá-la é a pior coisa que você fará na sua vida. Vai roubar-lhe esse brilho selvagem e livre que só ela tem...”
        Beyonce entrou com “Crazy Love” e aí repeti o show que dei na festa da Claire pra ele. Estava estupefato! Abria e fechava a boca como se quisesse dizer algo. E respirou profundamente. Eu sabia que precisaria de outro banho. Talvez com ele... repeti a música e abaixei-me ficando de quatro e aí engatinhei até ele. Pedi pra ele sentar-se. Passei as mãos por suas coxas grossas e firmes e fui até o cinto. Abri-o. Ele pegou meu rosto. Tirei suas mãos.
        -Mãos na cama! Não se mexa! Entendeu? –repeti suas palavras.
        Ele levantou a sombracelha e riu. Puxei seus quadris colocando-o bem na ponta da cama. Abri o botão da calça e o zíper. Puxei a camisa que estava por dentro da calça, levantei-a e beijei sua barriga, passando meus lábios pelos pêlos daquele caminho que nós já conhecemos. Ele suspirou. Expu-lo. Ótimo! Ele estava muito excitado.
        -Sou eu quem vai foder você!
        “Meu Deus ela só pode estar lendo meus pensamentos...”
        Coloquei-o na boca e comecei a chupá-lo. Cobri os dentes com os lábios e enfiava cada vez mais profundo. Nossa ele gemia e suspirava. Ah! Uma vez ou outra o tirava e lambia a pontinha. Hummmm ele era uma delícia. Massageava-o também. Ele se agarrava ao lençol da cama. Quando comecei uma fodida implacável ele agarrou minha cabeça enterrando bem fundo na minha garganta.
        -Isso gostosa!
        Quando estava prestes a gozar ele disse entre os dentes:
        -Se você não sair agora vou gozar dentro da sua boca!
        Enfiei-o bem mais fundo e senti-o se derramar dentro da minha boca. Engoli tudo, enquanto ele olhava surpreso. Fui subindo deixando um caminho de beijinho até encontrar sua boca. Ele beijou-me e disse:
        -Agora é minha vez!
        Antony pegou meu hobby de seda e tirou-lhe faixa. Veio até mim e pediu que o deixasse amarrar-me. Concordei, pois estava curiosa demais com aquele olhar.
        -Junte os pulsos. –obedeci. –Vou amarrar-lhe ao pé da cama pra que você não se mexa. OK? Se quiser parar é só pedir, entendeu? Você confia em mim? –respondi que sim. –Ótimo! Posso confiar em você? –respondi que sim. –Vou foder você com muita força! Lembra-se do lance da respiração? Eu só vou parar se você pedir. 

        Amarrou meus pulsos e puxou meu corpo de forma que eu fiquei com os braços esticados  e imobilizados.
        -Ah honey! Quero que veja o que eu sou capaz de fazer com seu corpo. Você quer gritar? Porque eu vou fazer você implorar...
        -Quero! –Quero? Porque? Questionou meu inconsciente.
        -Ótimo.
        Abriu minha blusa e fez um caminho de beijinhos do alto do meu pescoço até o meu umbigo. Contorci-me. Nossa! Isso é muito bom! A respiração começou a ficar pesada.
        -Quieta! Paradinha! Assim você vai absorver melhor o prazer! –disse ele com a boca junto a minha barriga.
        U2 cantava ao fundo “With or without you” bem apropriada para o ritmo que as sensações estavam provocando em meu corpo. Fechei os olhos e me entreguei como sempre fiz com esse homem, porque estar com ele é indescritível. Só pode haver algo a mais nisso. É mágico demais, o que ele é capaz de fazer comigo. Tirou o jeans bem devagar. Beijou minhas pernas, pés, coxas e todo o contorno da minha calcinha.
        -Olhos abertos! Fique comigo Elise! Quero que você veja que sou eu quem estará aqui quando você voltar.
        Querem saber se isso foi um estopim? Pra minha pele já sensível e o meu corpo ansioso? Sim. Sempre. Porque é isso que ele faz de melhor. Ele me conduz sonoramente, estimula meu corpo como bem entende e depois me joga abismo abaixo e não sei como ele faz isso, mas, pode acreditar que ele estará lá embaixo pra amparar-me dessa queda. Porque ele é, bem, ele é meu amante perfeito.

        -Vamos tirar isso aqui! –e tirou minha calcinha.
        Pegou minhas pernas dobrou-as e encostou-as junto ao meu corpo. É desse jeito mesmo. Pensei em o quanto eu estava exposta. Mas, como se estivesse lendo meus pensamentos ele disse:
        -Tem ideia do quanto é linda!
        Tocou-me lá.
        -Já está tão prontinha pra mim honey!
        Enfiou um dedo em mim, contorci-me. Depois outro. E girou-os. Gritei. Não de dor, mas de uma sensação espetacular. Com o polegar estimulou meu clitóris. Gritei. Meu deus o que é isso? Só o polegar. Depois o giro. Só o polegar. Depois o giro. E ficou me torturando assim por um tempo. Eu já estava louca. Ele sabia que não dava para atingir o orgasmo assim, se pelo menos ele se concentrasse num único estímulo... A verdade é que eu era só sensações. Respirar nessa hora era a coisa mais difícil. Meu peito arfava com tudo aquilo.
        -Respire Elise, respire!
        -Por favor, Antony!
        Ele riu. Desgraçado. Conhecia meu corpo melhor do que eu. Subiu sua boca e procurou meus mamilos e com os dentes puxou-os, um de cada vez. De um rosa claro a um rosa escuro eles passaram automaticamente. Eles sempre ficavam assim com o Antony. Porra! Mordi o braço.
        -Ah! Por favor Antony pare de me torturar.
        -Calma honey! –riu. –Você está quase lá!
        -Merda! Você vai me deixar... ahhhhhh!
        -Sim, meu bem. Diga o que você quer. Diga que eu quero ouvir. –ele falava isso rindo da minha situação. O pior era ver aquele sorrisinho de triunfo em seus lábios.
        -Quero você Antony agora.
        -Onde?
        -Dentro de mim. Por favor! –ah minha nossa! Eu não aguentava mais aquela tortura.
        E numa estocada só penetrou-me. Gritei. Não de dor.
        -Respire! –falou com a boca junto a minha. –Está preparada? –só suspirei.
        E ele veio com tudo fodendo do jeito que ele disse ia fazer. Girando dentro de mim. Parando dentro. Saindo e entrando bem devagar pra começar a estocar brutalmente. Na posição em que eu me encontrava, realmente dava pra absorver todas as investidas dele. Esse homem sabia o que fazia ligando meus mamilos a minha virilha, fazendo tudo em mim vibrar. E quando nem as minhas pernas me obedeciam mais, eu finalmente senti que estava perto...
        -Vamos Elise goze pra mim! Goze!
        Então, mais uma vez ele levou-me a mais uma experiência sensorial que respondeu a um questionamento do meu inconsciente: eu gosto de sexo assim. Eu gosto de ser tratada assim.
        -Você está bem? –perguntou ele.
        -Humm!
        -Isso é o máximo que você consegue?
        -Hummm! –ele riu.
        -Vou levá-la comigo pra Manhattan amanhã!
        -Hummmmmm! –com certeza eu iria a qualquer lugar com você meu amante perfeito.

Um comentário: