SEXHOLICS
Romance erótico...Conteúdo adulto.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Capítulo 21 - Dança das borboletas
-Não
consigo acreditar que você fez tudo isso! Como? Quando? – e mais uma vez ele consegue me surpreender com suas proezas. Céus! Esse
homem tem uma mente muito fértil e pergunto-me se conseguirei acompanhá-lo em
suas viagens sexuais. Sério! Eu quase enfartei. Ele é tão intenso e sabe usar
meu corpo contra mim. Isso simplesmente não é justo! Ele não joga limpo comigo.
O que fazer? Deixar-me ir?
-Relaxe!
Confie em mim e deixe-me levá-la. –Disse-me
simplesmente e mandou um daqueles sorrisos e uma olhar de
NÃO-SEJA-BOBA-VOCÊ-JÁ-ESTÁ-CAIDINHA.
Antony
pegou minha mão e saímos dali, mas antes de darmos mais um passo, puxou-me pra
si e beijou-me.
-Céus
você está tremendo Elise!
-Acho
que á a adrenalina. Você já pensou em ser diretor de filmes de ação?
-Por
Deus! Não! Vamos beber. Você precisa de uma bebida. Aquilo foi só uma cena que
eu tinha muita vontade de viver. Pra ser sincero sempre quis foder em uma
dessas pontes de Veneza.
-É!
Acho que sim. Preciso sim de uma bebida e decididamente nós poderíamos ter sido
presos! –Me sinto intimidada com esse
furor todo, mas de um jeito particularmente bom e renovador. Sorrio. Meu corpo
ainda o sente, ou melhor, ainda o reclama. Isso é totalmente insano.
Deliciosamente insano. Eu preciso de uma bebida com urgência! Não quero perder
o controle da situação, mas por outro lado, acho que não há nada de errado em
perdê-lo. Sempre fui tão comportada. Não quero chegar ao lugar comum que todos
vão, quando seguem as regras. Quero pegar o outro caminho, aquele que ninguém
quer seguir. E quero também pegar o atalho. Fazer o quê? Eu sou assim. Ele me
deixa assim. Acho bom você fazer alguma coisa a esse respeito Antony Hill, do
contrário temo o quanto todo esse sentimento seja tóxico pra mim.
-Não
quando se tem os contatos certos Elise! E não pense demais, eu jamais a
colocaria em uma situação de risco.
Fomos
ao bar que ele mencionou. O lugar era bem legal, com música ao vivo, estilo
jazz e soul. Estava lotado, mas graças ao fato do dono conhecer o Signore Hill,
conseguimos uma mesa.
*********
Voltamos
ao hotel e resolvi tomar um banho. No bar o celular dele não parou de tocar e a
cada vez que ele olhava a tela, xingava e desligava. É claro que o Antony ficou
lá embaixo falando ao telefone. Não sei com quem, sobre o quê e nem quero
saber. Se tem uma coisa que aprendi é que os homens precisam de espaço pra
resolverem seus problemas e se eles querem compartilhar, eles próprios os
trazem à tona. Então vou relaxar e esperá-lo. Pego o tablet e vou checar meus
e-mails. Nossa! O Gilian escreveu uma verdadeira bíblia e eu o ignoro. Depois
leio. Não estou com saco pra ouvir sermão. Um e-mail da minha mãe. Ela nunca
escreve e-mail. Vamos lá.
“Elise
querida, onde você está? Não quero me meter na sua vida, mas não mate sua pobre
mãe antes da hora! Fale comigo. Preciso falar com você sobre o Marcelo. Ele
esteve aqui.”
Ela
sabe o quão rebelde eu posso ser e por isso está sempre na defensiva comigo.
Mas, o que será que aquele idiota aprontou dessa vez? Resolvo ligar.
-Alô!
-Oi,
mãe!
-Ah!
Oi querida! Aconteceu alguma coisa? Por que está me ligando a esta hora?
Merda!
Esqueci o fuso! –Desculpe mãe, esqueci o fuso!
-O
fuso? Onde você está Elise?
-Na
Itália.
-Na
Itália?
-É
uma longa história! Estou bem e me divertindo muito. Fiquei curiosa com o seu
e-mail.
No
exato momento em que termino a frase, Antony entra com uma cara de
pouca-conversa. Olha pra mim e gesticulo MÃE!
Ele assente e vai tomar banho.
-Ele
esteve aqui perguntando por você. Disse que se encontrou contigo num shopping
em Fortaleza.
-É
foi sim! Ele estava com uma cara péssima mãe.
-Ele
perguntou se você estava morando lá. Eu tentei enrolar, mas ele não é bobo.
-O
que ele quer afinal?
-O
óbvio! Te quer de volta! Deu pra ver que ele não está pra brincadeira. Pela a
insistência, sabe filha. Também pediu o endereço de onde quer que você
estivesse morando.
-E
você deu?
-Não!
Elise! Claro que não. Disse que ia falar com você primeiro. Ele ficou de passar
aqui depois ou ligar.
-Mãe
não dê! Eu não quero falar com ele. Quero viver em paz. Eu... eu...
-Eu
sei querida... Você está com alguém não é mesmo?
-Estou
sim. E ele me faz tão bem! Estou apaixonada...
Quando
olho pra porta do banheiro, tenho a verdadeira visão do paraíso: Antony só de
cueca boxer preta, com algumas gotículas espalhadas sobre o peito, secando o
cabelo, totalmente alheio ao meu olhar descarado que o devorava dos pés a
cabeça. Céus! Que coxas! Seca o cabelo com toda aquela grosseria máscula que só
os homens têm ao fazer isso. Vira-se e me dá uma visão privilegiada do seu
traseiro malhado. Minha garganta fica seca. Como posso desejá-lo tanto? Eu
nunca quis ninguém assim! Eu quero... eu quero simplesmente MORDÊ-LO. MORDER.
MORDER. Quero mordê-lo e quero agora.
-Elise!
Elise! Você está me ouvindo?
-Ah!
Eh! Mãe! Sim estou aqui! Amanhã a gente se fala. Tá bom? Te amo! Te adoro!
Beijo no Harry! Tchauzinho! –e desligo arfando.
Antony
volta e olha pra mim com uma sobrancelha arqueada.
-Você
está bem Elise? –pergunta cautelosamente.
-Bem!
Estou bem! –respiro e tento esconder minha excitação, mas meus olhos vidrados
devem me denunciar e dizer muito mais. Ele já sabe. Vai até uma mesinha e pega
um livro. Veste uma camiseta cinza. Merda! Camiseta não! Deita ao meu lado e
começa a ler o livro: “Inferno – Dan Brown”. Eu não vou perder pro Dan! Não
mesmo! Olho pra mim: regatinha de algodão e calcinha com a cara do demônio da
tasmânia! Na frente. Que merda! Tá bom! Um a zero pra você Dan!
Levanto-me
lentamente e dou aquela famosa puxadinha na calcinha. Isso atrai sua atenção
pro meu bumbum. Vou até o frigo e bebo água. Sempre de costas pra ele. Quando
me viro. Ele está me olhando e finjo que não percebo, mas seu olhar está
concentrado no demônio da tasmânia. Aperto as coxas involuntariamente. Ele
sorri e volta a olhar pro livro, mantendo aquele sorrisinho sexy pra cacete.
Deito
de bruços ao seu lado, prendo o meu cabelo num coque alto. A camiseta sobe um
pouco, de modo que a calcinha entra no meu bumbum enorme. Estou morrendo de
vontade de consertá-la. Mas, não. Vou provocá-lo um pouco. Pego o tablet e
começo a fazer rodinhas com o indicador. Olho de relance pra ele. Está com
aquele sorrisinho. Quer brincar! Ah meu Demônio da Tasmânia quer brincar!
Molho
os lábios com a língua. Olho-o de relance. Remexo-me na cama. Estou inquieta,
ansiosa. Ele vai deixar-me tomar a iniciativa. Cretino! Está se divertindo com
meu inferno. Olho-o novamente. Agora está sério. Parece que está realmente
lendo. Miro em seus lábios. Vermelhos. Inconscientemente canto os versos de uma
música que adoro:
Vermelhos são
seus beijos
Quase que me
queimam...
-O
que você disse Elise? –ele olha pra mim.
-Nada!
Só estava cantarolando!
-Ah!
Você está estranha! –estranha? E sem esperar minha resposta engata: -Este livro
é mesmo muito bom. Estou tão concentrado!-
Quê?
Placar: Dan-2 X Elise -0. Coço a cabeça! Deixo o tablete de lado. Levanto,
sento-me sobre os joelhos e abaixo-me para olhar a capa do livro! Ele me
observa. Nossos olhos se encontram. Desvio-me do seu intenso olhar. Que coisa!
Ele tem razão. Quanto estou com tesão não consigo encará-lo. Levanto o seu
braço esquerdo, me meto em seus braços e digo:
-Posso
ler também? –olho pra cima. Ele assente e quando olho o livro, está aberto na
primeira página. Percebo seu joguinho. Viro e beijo seu pescoço!
-Você
não vai ler?-pergunta.
-Você
não quer virar a página! –ele dá um sorrisinho.
-Pronto
já virei!
-Não
quero ler!
-Não?
-Humhum!
Ele
fecha o livro, coloca-o sobre o criado e diz com a voz sensual e os olhos
pervertidos:
-O
que você quer?
Engulo
em seco e digo: -Morder você!
Ele
engasga. –Como é? Você quer me morder?
-Sim!
-E
onde exatamente você quer me morder?
-Na
sua coxa. –pela primeira vez vejo Antony desconcertado. Não sabe o que fazer
diante do meu desejo selvagem. Então resolvo maltratá-lo ainda mais e provoco.
–Eu quero sentir o gosto do seu sangue!
-Você
quer o quê? –ele já respira com dificuldade.
-Só
um pouquinho. Deixa amor!
-Puta
que pariu! Ninguém nunca me pediu nada parecido. –Está nervoso, leva as duas
mãos aos cabelos e olha pra mim com um misto de surpresa e excitação. Faço cara
séria de safada. Meio de lado sabe. Pra ele pensar que estou falando sério.
–Tudo bem! –concorda enfim e solta o ar.
Molho
os lábios novamente. Segura cada uma das suas mãos com as minhas e coloco-as ao
lado da sua cabeça. Quero tomar o controle da transa e ele se diverte com isso.
Monto nele. Em sua barriga firme e sinto-a tencionar-se sob mim. Arrasto meu
sexo por ela de encontro a sua ereção. Ele geme. Ah! Quando chego ali me
esfrego. Mexo meu quadril pra cima e pra baixo sinto todo o seu comprimento.
Gemo! Ele tenta soltar as mãos. Mas está preso. Faço que não com a cabeça, ele
se diverte! Levanto meu tronco e levo meus lábios ao encontro dos seus. Passo a
língua sobre eles. Ele prende meu lábio inferior com os dentes. Beijo-o e ele
enfia sua língua em minha boca. Chupo-a. Ele gosta disso. Sigo com a língua
todo o caminho da sua mandíbula. Sinto sua respiração quente. Beijo seu pescoço
e à medida que vou descendo pelo seu corpo, minhas mãos seguem o mesmo
percurso. Ele parece perdido. Fecha os olhos. Está se entregando. Minhas mãos
levanta sua camiseta e espalmo as mãos em seu peito. Agarro uns pelinhos que
tem por ali e puxo-os. Ele grita! Mostro os dentes pra ele. Chego a sua enorme
ereção, que implora pra ser tirada do cativeiro em que se encontra. Mas, não.
Não vou liberá-la agora. Não mesmo! Passo a língua por toda sua extensão, mesmo
por cima da cueca. Ele levanta o tronco e olha pra baixo. Ao sentir seus olhos
mordo-o. Mostro meus dentes prendendo-o. Ele joga a cabeça pra trás. Largo-o e
sigo rumo as suas coxas. Passo a língua por ali. Ele está tão cheirosinho. Ele
me olha novamente. Abro a boca pronta pra fazer o que disse. Ele se prepara e
prende a respiração. Mordo-o. E quando a mordida se intensifica, ele geme!
-Minha
nossa! Elise você está me matando aqui! –diz entre os dentes, à medida que
tenta controlar a dor e meus dentes ficam gravados em sua coxa. Puxo sua cueca
e liberto-o enfim.
Sinto
sua necessidade de mim. Ele me quer.
-Quero
me enfiar dentro de você! E quero agora! – resmunga.
Faço
que não com a cabeça. Retiro minha calcinha e puxo a camiseta. Retiro a dele. Puxo
seu tronco de forma que ele fique sentado de frente pra mim. Estamos naquela
posição conhecida como a “dança das borboletas”. Encosto minha testa na dele. Estamos
ofegantes. Está inquieto e se remexe sob mim. Me abro pra recebê-lo. E ele me
penetra bem devagar. Está saboreando-me como eu estou a ele. Gemo! Lembro do
que fazer nessa posição e junto meus pés na cama paralelos e bem retinhos. Faço
força neles e apoiada em seus ombros levanto meu tronco pra cima. Isso contrai
todos os músculos das minhas coxas e consequentemente da virilha. Ele geme
alto. Olha pra mim surpreso e começamos nossa dança e a cada descida minha ele
me estoca com força. Ele me acerta bem naquele pontinho desgraçado e
enlouqueço. Meu abdômen se contrai. Nosso balé continua. Sete, oito,... tenho
que lembrar da merda de manter os pés paralelos e juntinhos... onde eles estão
mesmo? Junto-os novamente. Ah!Ah! dez,... onze... os pés,... Que merda esse vai
ser dos grandes! Ele mete bem fundo dessa vez e eu me perco. Grito! Peguei o
jeito da coisa. E quero mais rápido. Ele está me rasgando por dentro. Parece que
está o dobro de tamanho. As sensações são indescritíveis e meu sexo contrai-se
ao seu redor. Ele urra! Já não tenho mais força pra subir e arqueio minhas
costas pra trás. Ele continua suas estocadas. Me trás de volta pra si e estou
molhada de suor. E nessa volta ele acerta novamente e gozo violentamente. Estou
perdida em meu gozo, sinto-o morder meu queixo e gozar também. Sinto sua
respiração quente em meu rosto. Estamos ofegantes e nos olhamos. Sorrio
satisfeita. Ele também. Beija a minha boca e sai lentamente de mim. Deita e me puxa.
Rolo pro lado ainda estamos controlando nossas respirações. Ele é o primeiro a
falar.
-Onde
aprendeu a fazer isso?
-No
ensino médio. Eu e duas amigas minhas roubamos o livro Kama-sutra da biblioteca
da escola. E cada uma de nós ficou uma semana com ele. Depois devolvemos. Posso
dizer que li e reli algumas vezes. –Ele ri.
-Sorte
a minha!
Pega minha
calcinha e diz:
-Hum
gostei desse Taz! – rio.
-Pensei
que ia perder pro Dan Brown!
-E de
quanto estava o placar?
-Dois
a zero pro Dan!
-Sério?
Faço que sim.
-E o
placar final? –pergunta divertido.
-Ah!
Dan-2 e Elise...
-10. –
e me beija enquanto rimos.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Capítulo 20 - Aventuras italianas...
-Antony! Como você...? – desisti no último momento, pois
entendi que ele sabia muito mais de mim do que eu dele. E o fato de ser meu
aniversário fez tudo parecer tão planejado, ou melhor, ele deve ter feito tudo
isso nas últimas vinte e quatro horas! Uau! E quer saber eu não estou nem aí,
se conheço seu passado ou não. Sinto que já conheço o bastante. Tudo o que ele faz
por mim é sincero, é forte! É tão diferente dos outros caras com quem
namorei... do Marcelo! Como temer o único que curou meu corpo? Que deu vida a
ele. Antony apareceu na minha vida justo no momento em que eu não estava nem aí
pra nada, talvez estivesse escrito esse encontro. Sabe-se lá Deus, o que eu
teria enfrentado com toda aquela sede de liberdade. Protegeu-me e prendeu-me ao
mesmo tempo. Mas, o mais intrigante nisso tudo, é que quanto mais presa a ele
eu estou, mais livre me sinto. Loucura total.
-E você deve
estar se achando uma louca, por estar com alguém do qual não sabe de nada, não
é? –falou enquanto colocava a pulseira em mim.
-Obrigada
Antony, é linda! Você vai me contar um dia a sua história, não vai?
-Sim. Um
dia. E nesse dia vou amarrá-la para que você não saia correndo de mim. –sorriu
sorrateiramente.
-Deus!
Antony você está me assustando!
-Estou
brincado Elise! Mas minha história é sinistra. E não quero envolvê-la nessa
névoa escura do meu passado. Por enquanto você só precisa saber que nunca
matei, roubei, sequestrei, violentei ou machuquei ninguém. Se bem que já
machuquei sim, mas com consentimento! –piscou o olho pra mim! Como ele diz, que
mania fodida de sexy que ele tem de piscar. Fico louca assim!
-Então, eu
não tenho com o que me preocupar. Vamos escolher!
Optamos por Gnocchetti
di Zucca con Scampi e Radicchio Tardivo, Filetto di Manzo a 3 Pepi e como sobremesa, Zabbaioni con biscotti
fatti in casa e mousse de fragola...
***************
Em Manhattan...
-Bernard? É Marianne!
-Ora, ora, o
que temos aqui? Precisa de pó?
-Poupe-me do
seu sarcasmo! Precisamos conversar. Urgente!
-Te encontro
no Mezzanine Bar em quinze minutos.
-Ok!
**************
-Você é
louca? Por que não me ligou, como sempre fazia? Que merda! O que tem mais nessa
cabeça além de química?
-Eu não
achei que ele estivesse tão envolvido com aquela vagabunda. –Marianne respondeu
nervosa.
-Idiota! Eu
sempre tenho que fazer tudo sozinho! Agora vou ter que pensar em algo pra
desfazer a merda que você fez!
-Quer falar
baixo, seu merda!
-Merda eu?
Vagabunda! Imbecil! Sempre metendo os pés pelas mãos. Você acha que ele vai se
casar com você algum dia? Pelo amor de Deus! Caia na real de uma vez, ou vá dá
uma cheiradinha.
-Eu parei
tá! Já faz três meses que não cheiro nada. –tremeu ao pegar sua bebida.
-É mesmo? E
você quer uma medalha por isso? Ela é melhor que você! Aliás, ela é melhor que
todas vocês juntas.
-Tá
apaixonadinho por ela também? –sorriu sarcástica.
-Idiota!
Fique longe deles! Eu me encarrego, COMO SEMPRE, de tirar mais essa do caminho!
E faça um favor a si mesma: Vá cheirar! Você está horrível!
-Imbecil!
-Vagabunda!
Não me ligue, nem me procure na empresa. Quanto menos eu ser visto com você,
melhor!
-E o que eu
faço então?
-Use a parte
do corpo que você, da qual é expert! O nariz!
-Valeu
amigão!
-Eu não sou
seu AMIGO! –falou apertando-lhe o queixo. – Eu mantenho contato, se achar
cabível. –jogou o dinheiro das bebidas na mesa.
*********************
Em Veneza...
Após pagar a
conta, Antony decidiu que voltaríamos a pé até a praça de São Marcos e então
pegaríamos o carro alugado por ele. O motorista já fora avisado previamente.
Coisas do Antony! Tudo sempre tão planejado.
-Vamos andar
Elise. Está uma noite linda e eu quero te mostrar uns lugares.
-Tudo bem!
Ao sairmos
do restaurante, Antony me puxou pra uma rua sem saída e encostou-me no muro,
num lugarzinho, onde antes parecia ter havido uma porta, tão escondido, que
ninguém seria capaz de imaginar que haveria alguém ali.
-Não sem
antes de eu dar uns amassos em você aqui. Só pro caso de algum dia eu esquecer
essa viagem.
-Seu tarado!
-Adoro
quando você me chama assim, por que é exatamente como me sinto. – beijou-me
enlouquecidamente, fazendo minha mente girar e esquecer por um minuto de onde
estávamos. Uma das mãos segurando minha cabeça e a outra apertando meu corpo
contra o seu. Uma das minhas mãos foi parar na sua bunda e trouxe-o para mim.
Ele gemeu em minha boca.
-Louca!
-Gostoso!
-Si prega Signore!
(Por favor Senhor!)
Ouvimos um
homem suplicando e em seguida dois tiros saídos de uma espécie de silenciador.
Antony olhou-me assustado e fez Shhhh! Pra eu fazer silêncio. Engoli em seco.
Oh! Meu Deus! Um assassinato! Ele imprensou-me mais ainda contra a parede. Meu
coração acelerou! Eu também podia sentir o seu. Ouvimos passos aproximando-se.
Nossos olhos nunca se deixaram um minuto sequer. Shhhhh!
-Questo era
già! Capo!(Esse já era! Chefe!)
No entanto,
o homem olhou em nossa direção e fez um sinal para os demais, um assobio.
-Merda!
–Antony falou junto a mim. –Fique quieta!
O homem
aproximou-se e ficou a uns três metros da gente. De onde eu estava não dava pra
ver sua cara. Antony nenhuma vez o encarou. Ficou o tempo todo olhando pra mim.
Dentro dos meus olhos. Outros homens aproximaram-se e eu só conseguia pensar em
uma frase: “Por favor, Deus não permita!” Os outros homens ficaram mais
afastados e outros passos juntaram-se aos primeiros, então:
-Bella
notte!(Bela noite)-uma voz forte falou.
-Bella! –Antony respondeu.
-Hai sentito qualcosa? (Ouviram
alguma coisa?)
-Non-boss!( -Não chefe!)
-Hai visto qualcosa?( -Viram alguma
coisa?)
-Non-boss!( -Não chefe!)
-Vai via e non guardare indietro!
Bella ragazza! La sua!(-Vão embora e não olhem pra trás! Bella moça! A sua!)
-Grazie capo!( -Obrigado chefe!)
--Cosa ti piace di lei? (-Você a ama?)-Antony
respirou fundo e disse:
-Come la mia anima!( -Como a minha
alma!)
-Quindi tenere la tua
anima con il tuo corpo! Posso gestire separarli.( -Então mantenha sua alma
junto a seu corpo! Posso tratar de separá-los.
-Ricevuto capo!( -Entendido chefe!)
Retiraram-se e ouvimos um barulho de
carro sendo ligado e partindo. Que merda! Que hora pra ouvir uma declaração de
amor. Ficamos nos olhando por um minuto! Eu não conseguia falar. Estava
nervosa, apreensiva. Antony foi o primeiro.
-Acho que agora podemos ir! Você está
bem? –acariciou meu rosto.
-Sim. Acho que sim. Abrace-me Antony!
Ele envolveu-me num abraço apertado e
beijou-me.
-Céus eu morreria se acontecesse
alguma coisa com você! –beijou-me novamente. –Agora vamos.
Saímos, passamos pelo corpo do estranho
e pegamos a ruela rumo à praça. Andávamos tão rápido que mal conseguia
equilibrar-me nos saltos. Havia um carro atrás de nós, acendeu e apagou os
faróis assim que viramos a esquina. Estavam observando-nos.
-Você entendeu aquela conversa?
-Algumas frases! –meu coração
acelerou mais.
-Esqueça o que viu e ouviu esta noite
Elise! Vamos agir naturalmente quando chegarmos à praça entendeu?
-Sim. –fiquei me perguntando se ele
referia-se também a sua declaração de amor.
A praça estava lotada e um alívio
percorreu nossos corpos. Como se ali estivéssemos mais seguros. Misturamo-nos e
logo encontramos mímicos com máscaras de carnaval que encenavam enquanto um
músico tocava um instrumento. A música era tão suave que suspiramos ao mesmo
tempo. Antony abraçou-me por trás e eu, mais do que em qualquer outro lugar,
senti-me protegida. Aquecida e amada. Verdadeiramente amada. Apertou meu
casaco, colocando a mão sobre meu peito.
-Seu coração está acelerado!
Acalme-se! Respire! Eu estou aqui! –falou com seus lábios colados em meu ouvido
e o som da sua voz fazia com que cada célula do meu corpo obedecesse. Inspirei
lentamente. –Isso. Assim mesmo! Está melhor?
-Sim.
-Ótimo!
O casal mascarado aproximou-se de nós
e começou a dançar e a imitar-nos. Rimos. Relaxamos. Então um deles ofereceu-me
uma rosa vermelha.
-Grazie! –agradeci.
Antony puxou-me e saímos da multidão
que se aglomerava para assistir ao espetáculo teatral. Caminhamos até o carro
alugado e entramos.
-Pro Venice Jazz Club!
-O que é isso Antony? Não vamos pro
hotel?
-Não! Temo que estamos sendo seguidos
e acho melhor ficarmos um pouco nesse bar. O que acha?
-Acho que vai ser bom pra despistar.
Eles vão achar que estamos agindo naturalmente, como se nada tivesse
acontecido.
-É exatamente isso que quero que
pensem.
-Estou me sentindo num filme de
gangsters!
-E está excitada com tudo isso!
-Deus! Você só pensa nisso?
-Elise você está com um puta tesão!
Posso sentir o cheiro daqui. Posso ler as mensagens que está enviando pra mim:
o mover das suas pernas, apertando-se; o lábio que você não para de morder e
você, decididamente, quando está excitada, não consegue me olhar nos olhos,
como se isso fosse proibido. Agora me diga: você quer foder? –falou tudo ao meu
ouvido.
-Sim. –maldito homem.
Fomos interrompidos pelo motorista.
-Lord're di essere seguito!(-Senhor
estamos sendo seguidos!)
Meu coração pulou! Olhei aterrorizada
para ele.
-Antony!
-Più veloce! Bastardi!(Mais rápido!
Bastardos!)
-Abaixe-se querida! Fique de cabeça
baixa.
Fiz o que ele mandou e fiquei com a
cabeça em seu colo.
- Qui! Inserisci quel vicolo! Questi pezzi di merda! Più
veloce!(Por aqui! Entre nessa ruela! Esses merdas! Mais rápido!)
O carro parecia que voava.
- Ora c'è! Ecco! Ecco! Qui! Qui! Spegnere la macchina!
Isso.Bastardos! Siamo riusciti a ingannarli. Vieni Elise! Vieni qui. Rimani lì.
Quindi uscire lentamente.(Agora lá! Lá! Lá! Aqui! Aqui! Desligue o carro! Isso.Bastardos!
Conseguimos enganá-los. Venha Elise! Vamos por aqui. Fique aí. Depois saia
devagar.)
Saímos do carro e entramos numa
ruela, depois em outra e em outra. Eu me perdi e não me lembrava mais de onde
tínhamos vindo. Até avistarmos uma ponte do outro lado da rua e do outro de
onde tínhamos vindo, homens de preto passaram correndo.
-Depressa Elise! Vamos pra ponte.
Vamos nos esconder lá!
Corremos até a ponte e entramos por
uma passagem bem apertada ficando embaixo dela. Quando chegamos a uma espécie
de galeria vazia, embaixo da ponte, ouvimos passos correndo sobre ela. Antony
jogou-me contra a parede e beijou-me furiosamente. Levantou meu vestido e
rasgou minha calcinha. Nosso cansaço, evidenciado pela nossa respiração
acelerada preenchia todo o vazio do lugar. Esqueci-me dos homens, de tudo, só
queria ser fodida por ele naquele lugar, daquela maneira. Forte e selvagem.
Estava louca de tesão. E ele também. Entregamo-nos a paixão e saciamo-nos um do
outro tirando vantagem de cada gota das substâncias que a adrenalina jogava em
nossas veias. Meu último grito foi abafado por sua mão em minha boca e o seu
orgasmo liberado com uma mordida entre meu pescoço e ombro. Saiu de dentro de
mim delicadamente. Abracei-o e ele desceu minhas pernas com cuidado. Céus ele
estava segurando todo o meu peso o tempo inteiro. Enconstou-me na parede e
quando estava seguro do meu equilíbrio começou a vestir-se. Abaixei o vestido.
-Vamos querida!
-É seguro?
-Por quê?
-Os homens!
-Que homens?
-Aqueles que estavam nos seguindo!
-Elise aquilo foi uma encenação!
–sorriu.
-Ahhhh! Antony eu mato você!
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Capítulo 19 - Seu sorriso, minha perdição.
Limpei-me e subi a calça com certa
dificuldade. Sem calcinha. Essa é boa! Boa Hill! Prenda número 2 não é? Safado.
Sentei-me no vaso. Levante-me. Sentei-me novamente. Segurei a cabeça com as
duas mãos. Ah! Meu Deus! Estou toda gelatina e o sangue ainda corre quente em
minhas veias e ele simplesmente saiu como se nada tivesse acontecido. Quem é
esse homem?
Olhei-me no
espelho. Eu estava uma bagunça total. Meu rosto vermelho, meus lábios inchados
e as pupilas dilatadas. Prazer em conhecer furacão Hill! Vamos garota,
arrume-se e volte ao seu lugar! Ri pra mim mesma no espelho. Estou ficando
louca, pensei! Estou diferente! Sinto uma felicidade tamanha e eu que pensei
que fosse incapaz de sentir qualquer prazer. Posso não conhecê-lo, mas reconheço
sua fome de mim: é a mesma que sinto por ele. Essa paixão é o sentimento mais
avassalador que senti. Não me importo com os outros, afasto o temor das
consequências e acima de tudo, entrego-lhe minha alma e o deixo comandar esse
carro desenfreado que é o meu corpo.
Quando me
encaminhava para o meu assento, cruzei com a mulher que estava na cadeira ao
lado e ela mandou-me um sorrisinho cúmplice. Ah! Entendi! Ela também ia ao
banheiro e pela cara que fez, ia pelo mesmo motivo que eu... Meu Deus! O que dá
nesses homens dentro dos aviões! Sentei-me, ele estava trabalhando e bebendo
uísque. Ofereceu-me uma taça de champanhe.
-Você está
bem? –sorriu maliciosamente. –Machuquei muito? –apertei as coxas.
-Você gosta
de saber dessas coisas não é? –provoquei. –Estou bem!
-Então tenho
que botar mais pressão da próxima vez!
-Deus Antony!
Você quer acabar comigo?
-Eu quero te
deixar dolorida. E quente. E vermelhinha... –falou ao meu ouvido.
-Pare! –eu
já estava ficando excitada novamente. –Pra sua informação eu estou exatamente
assim.
-Hora da
prenda número 3!
-Quê?
Ele colocou
dois dedos dentro do seu uísque e pegou um cubo de gelo. Levou a boca, chupou e
disse:
-Coloque
nela.
-Ant...
-Agora!
–interrompeu-me.
Olhei para
os lados e o casal havia sumido. Bom né? Olhei pra ele que se divertia diante
do meu constrangimento e confusão. Abri o botão e desci o zíper, então peguei a
pedra e comecei a descê-la pela frente da calça. Que merda! Por que carambolas
eu fui escolher justo essa calça? Ele acompanhava cada movimento que eu fazia.
Eu descia a pedra bem lentamente e ele se deliciava com a cena. Tarado! Por fim
e para perdição dele terminei de empurrá-la apenas com um dedo. Nossa aquilo
era bom. A pedrinha ia descendo e tocando toda a minha pele sensível e machucada.
Esfriando o fogo que ele havia instalado lá. Meu dedo também provocava
sensações agradáveis. Pensei em retirar o dedo, mas desisti e voltei a
acariciar-me novamente, empurrando a maldita pedra bem pra trás. E quando ele
passou a língua em seus lábios eu me perdi. Suspirei. Fiquei sedenta de mais
daquilo, mas, ele retirou meu dedo bem devagar e levou-o a boca. Chupou-o.
-Seu prazer
é meu! Lembre-se disso querida!
Que inferno
de homem!
-Agora eu
vou buscá-la!
Beijou-me,
passando a língua em meus lábios. Adoro quando ele faz isso. Sinto responder
bem ali embaixo. Beliscou meus mamilos. Ah! Gemi junto a sua boca. Então ele
enfiou dois dedos dentro da calça. Ah! Abri as pernas.
-Feche-as!
–ordenou.
-Só quero
facilitar as coisas.
-Não preciso
de ajuda! – Hummmm!
Posicionou
os lábios em meu ouvido. Lá vem ele de novo! Hipnotizando-me com suas palavras
e respirações. Arrepiei-me toda. Todinha. Seus dedos encontraram meu clitóris.
Maldito! Fechei os olhos.
-Ela não
está aqui! Talvez um pouco mais pra dentro! – falou. –Diga-me Elise onde você a
colocou! Aqui? –enfiou os dedos dentro de mim.
Gemi.
-Menina
travessa você a escondeu só pra me provocar, não foi?
-Hummmm!
-Ela está
aqui? Diga pro papai onde ela está!
-Humhum!
–choraminguei.
-Que tal mais
profundo? –enfiou mais fundo e um grito abafado saiu da minha boca. Girou seus
dedos dentro de mim e meu corpo todo formigou. –Ela não está aqui! – voltou pro
meu clitóris, mordi meus lábios, gemi, choraminguei junto a sua boca. Mordi
seus lábios. Enfiei minha língua dentro da sua boca.
-Te quero!
-Talvez mais
atrás! –seus dedos encontraram a pedrinha e a empurraram pro meu ânus. Cacete!
Então começou a esfregá-la, bem devagar, trazendo-a pra frente, torturando-me
por algum tempo, até subir e retirá-la. Enfim, colocou-a em seu drink e tomou
um gole. Ri daquela atitude. INACREDITÁVEL.
-Feche a
calça Elise! Você foi perfeita!
Fiz o que
ele mandou. Encostei-me ao assento e suspirei. Estava exausta. Percebendo isso,
ele beijou-me a testa e disse:
-Descanse.
–beijou-me os lábios. Um beijo simples e casto, mas cheio de ternura e carinho.
Senti que ele quis dizer alguma coisa, mas desistiu no último momento. Sorriu.
Sorri de volta e fechei os olhos.
**********
Acordei com
um Antony cansado que me beijava.
-Ei Elise
acorde! Estamos chegando!
-Quanto
tempo dormi?
-Depois da
segunda escala? Humm! A viagem toda.
-Que droga!
Eu não sou uma companhia tão divertida, não é mesmo?
-Claro que
é! Só que ronca como um trovão!
-Você é tão
romântico Antony Hill! –falei sarcástica.
-Bom, eu não
tenho ouvido muitas reclamações ultimamente!
-Você é tão
presunçoso Antony Hill!
-Bom, eu fiz
você gozar uma vez no banheiro e quase pela segunda usando só um cubinho de
gelo! –beijou minha orelha.
-Você é tão
gostoso Antony Hill! –tive que admitir.
-Assim está
melhor! –rimos. Estamos parecendo dois bobinhos apaixonados. Deus será que ele
não vê isso! Talvez eu esteja só nessa viagem. Não é possível!
************
Chegamos ao Luna Hotel Baglioni Venice por volta das
21hs. Que ficava a 80 metros da Praça de São
Marcos. Seu interior era impressionante, decorado com frescos originais e com
uma vista deslumbrante para a Lagoa de Veneza. Da suíte dava pra ver que o
hotel possuía uma doca privada para barcos e gôndolas. Quero um passeio de
gôndola, assim que pudermos! Um luxo só! Meu Antony romântico! Quem diria!
Estou tão feliz com tudo isso, como nunca pude imaginar! Como se estivesse
pulado num daqueles romances de banca de revista que costumava devorar. Vivendo
meu próprio romance particular! Meu conto de fadas!
Percebendo
meu entusiasmo, Antony aproximou-se por trás e começou a falar em italiano ao
meu ouvido.
- Sono un ragazzo fortunato! Sono la donna più bella di tutta
Venezia. E ora eccola preparerà la cena per me. (Eu sou um cara sortudo! Estou
com a mulher mais bonita de toda Veneza. E ela vai agora ali preparar-se para
jantar comigo.)
-Só entendi a parte da mulher bonita!
–ele riu.
-É a que te interessa! –retrucou
brincalhão, virando-me pra mostrar um belo vestido vinho de um ombro só, com
uma alcinha fina de Strass reluzentes, que estava sobre a cama.
-Antony! É lindo!
-Eu quero você reluzente hoje á
noite.
-Onde nós vamos?
-No Osteria
Antico Giardinetto.
Internacionalmente conhecido pelo cardápio e carta de vinho.
-Você já foi lá antes? –é claro sua
coisa! Retrucou meu inconsciente.
-Não dessa maneira. A negócios. –Ah!
Virei-me pra ele e olhando em meus
olhos ele disse:
-Eu adoro essa serenidade que vejo em
seus olhos. Eles são como um mar calmo e brilhante, que te convida a mergulhar
profundamente. Que está sempre alegre e convidativo. Eu amo a vida que vejo em
você. Eu nunca vi isso em ninguém. –falava enquanto acariciava minha bochecha e
minhas têmporas. Fechei os olhos e me entreguei ao seu toque meigo e a suas palavras.
Quando os abri, ele estava sorrindo.
-O que foi? –perguntei piscando os
olhos, curiosa.
-Você é muito linda! Lembra quando
quis saber por que eu curtia o relacionamento D/s?
-Sim!
-Acredito que na época eu procurava
algo que facilitasse minha vida!
-Como assim?
-Acredite Elise, os acordos feitos
previne muita dor de cabeça, garotas interesseiras e... e... eu não tenho que
passar por essa coisa toda de conquista. –notei certo nervosismo em suas
palavras. –Eu sei o que quero e procuro mulheres que querem a mesma coisa que
eu. Mas você...
-Eu não queria a mesma coisa que
você! Não no sentido de um relacionamento D/s, as coisas aconteceram e...
-Eu sei! E tudo isso é muito novo pra
mim. Eu nunca precisei fazer esse tipo de coisa. –gesticulou pelo quarto e pelo
vestido.
-Você quer dizer que está tentando me
conquistar? –Tão lindinho.
-Pelo menos estou tentando. –Céus um
Antony bobinho! Por essa eu não esperava.
-Está tudo perfeito! Estou amando
cada minuto ao seu lado Antony! E eu amo a sua sinceridade viu.
-Fico feliz em agradar-lhe querida,
agora vá se vestir. Agora! Vou esperar lá embaixo. –E lá vem o Antony mandão!
Fiz biquinho e obedeci.
*************
Meia hora depois, desci vestida
naquele vestido. Coloquei meias é lógico! Tem muita pele exposta e eu estou com
frio. Quero fazer o comentário, mas temo sua reação. Tenho medo de magoá-lo.
-Deus Elise você está perfeita! Vai
precisar disso aqui. –e entregou-me um casaco que acompanhava o vestido. Esse
homem ainda me mata! –Coloque-o. Não quero nenhum outro olhando pra você.
-Eu estava com frio. Podemos ir?
-Perfeitamente. -Ele estava ficando
sério demais.
**********************
Chegamos ao
restaurante em quinze minutos e era simplesmente ROMÂNTICO! É! Sem dúvida essa
é a palavra perfeita para descrevê-lo. Meu coração acelerou. Eu nunca me senti
tão valorizada por um homem. Antony me conduz com tanta delicadeza, que se por
um momento, a pressão em seus dedos não me trouxessem de volta a terra, acho
que flutuaria. Ele é tão bom nisso! E eu sou tão bobinha. Sinto-me tão
pequenininha com ele. Bom, aqui estou, emocionada, com o choro preso na
garganta. Olhando pra esse homem perfeito, que parece me estudar, como se
estivesse lendo meus pensamentos. De repente ele sorri. E um mundo se abre. É
noite, mas as estrelas estão mais brilhantes, a lua está mais clara e tudo se
ilumina.
- La riserva per conto di Antony Hill!
(A reserva em nome de Antony Hill!). –Antony falou.
- Perfetto! Qui signore. (Perfeito. Por
aqui Senhor!) –disse a atendente.
Sentamos e
ela entregou-nos o Menu. Enquanto lia
os pratos escritos em italianos, Antony ria das minhas caretas.
-Vou
ajudá-la querida. Vou explicar o que tem nos pratos e você escolhe pra nós
dois. Tudo bem?
-Tudo bem.
-Elise
Campello. Esse sobrenome é italiano, não é?
-Minha
tia-avó falava que éramos descendentes dos nobres da Itália, precisamente de
Spolleto. Ela mesma nasceu em Recife. Mas, sinceramente, não sei até onde minha
vó viajava. Ela era surreal.
-Ela falava
a verdade Elise. Sua descendência é italiana. –olhei chocada.
-Como você
sabe? Você andou...
-Ei, ei,
ei... eu só fiz umas pesquisas. –falou levantando as mãos em defesa.
-Minha
nossa! Antony! O que mais você descobriu? Fala!
-Nada
demais, só que tem um tio seu, Conde Alberto Campello que mora num castelo. –ri.
-Essa noite
promete!
Quando baixei
os olhos para o prato, havia uma caixa quadrada preta de camurça, bem no meio.
-Como? Quando
colocaram isso aqui? Antony! –ele riu.
-Vamos abra!
Era uma
pulseira bracelete de brilhantes, em raias que se encontravam, e em cada ponta
um brilhante estupidamente realçava diante dos demais. Um espetáculo! Jesus! Basta
uma joia pra eu falar igual a uma perua. Mas eu estava apaixonada por ela.
-Deus
Antony! É linda!
-Deixe-me colocá-la.
Feliz aniversário!
Sem palavras!
Foi exatamente assim que eu fiquei diante dele.
domingo, 10 de novembro de 2013
Capítulo 18 – Un'emergenza d’amore
Após satisfazer meu Senhor que se encontrava com um enorme
sorriso nos lábios, aprontando-se para o trabalho, virei-me pra ele e disse:
-Vai ser
sempre assim, Antony?
-Não
entendi!
-Tipo: “eu
acordei com um baita tesão e você não estava lá”... achei que fosse
castigar-me.
-Ah! Elise,
isso foi apenas uma frase. Eu não estava bravo com você. A verdade é que eu
adoro a cara de medo que você faz! –e riu. Que safado! –Recomendo que você tire
esse seu traseiro delicioso e preguiçoso dessa cama e vá as compras. Lembre-se:
pra onde vamos está fazendo frio. Matthew irá acompanhá-la. –e beijou-me um dos
lábios que estavam em O.
-Posso pelo
menos saber pra onde vamos? O que será que você está aprontando hein?
-Apronte-se!
Vamos partir ainda hoje. –e saiu.
**********
Por volta
das 17h, Antony chegou em casa.
-Elise está
pron...? –e parou ao ver-me vindo pelo corredor vestindo uma blusa vermelha com
gola rolê, um jeans bem justo e botas de salto, cano alto. Eu tinha aproveitado
e feito o cabelo e as unhas com um vermelho brilhante.
-Pra onde
vamos Antony? Quer me dizer!
-Uau! Com
você vestida desse jeito, eu acho que nós vamos já pra aquela cama. –e
abraçou-me bem apertado e beijou-me apaixonadamente. Enquanto isso, a Jas
passava pela gente e pigarreava.
-Antony!
–repreendi-o.
-Se nosso
voo não saísse daqui a pouco eu juro que te foderia agora mesmo, mas eu vou
fazê-lo no avião. –e puxou-me pela mão. –Vamos.
Que? No
avião? Não! Parei bruscamente.
-No avião?
Acho que nós temos um tempinho, vem... –puxei-o de volta ao corredor.
-Não mesmo!
E perder a chance de baixar essas suas calças no banheiro e te comer com essas
botas! Ah Elise, a espera é o preço que eu faço questão de pagar. –Ah Minha
nossa! Tô ferrada com esse homem!
-Nós podemos
ser presos por atentado ao pudor Antony! Pelo amor de Deus! –implorei.
-Nós seremos
discretos! Você só precisa gritar não muito alto. Só não garanto que vai
conseguir, porque vou te foder pra valer.
Meu Deus eu
já estava pronta pra ele!
Descemos e
no elevador, aquele sorrisinho de menino levado que está aprontando alguma, não
saía dos seus lábios. Passou a mão na minha coxa, sentindo meu jeans, depois a
mão foi pra minha bunda. E puxou-me contra si.
-Céus! Você
faz ideia do quanto eu te desejo? –falou coma boca colada a minha.
-Se for
igual a fome que eu tenho de você, acho que faço! –e mordi seu lábio inferior.
Ele enfiou
sua língua dentro da minha boca e prendeu-me junto a parede. Comecei a
provocá-lo, escondendo minha língua. Seu pau ficou bem maior e ele esfregou-se
em mim, abaixando-se para alcançar uma fricção melhor.
-Merda,
dá-me essa língua! –gritou furioso.
-Hummm! Não!
-Não? Você
adora me provocar!
-Vem buscar!
– ele veio e Deus se ele não estava fodendo minha boca eu não sei que tipo de
beijo era aquele, só sei que o queria dentro de mim.
O elevador
abriu-se, mas ele não parou de beijar-me e encostou-me na porta do carro,
tamanha era sua paixão. Quando me dei conta que tinha alguém ao volante e vendo
tudo. Afastei-o delicadamente, para ele não achar que aquilo era uma provocação
também.
-Antony, o
Mathew! –ele respirou profundamente junto a minha boca, acalmando-se.
-Você me
deixa louco! –abraçou-me. Senti sua enorme ereção pressionando-me, queria fazer
alguma coisa pra aliviá-lo, mas o motorista-faz-tudo estava lá. Que merda! Se
ao menos estivéssemos sozinhos...
Já dentro do
carro, sorrimos um pro outro como cúmplices e é claro eu não tinha cara pra
olhar pro Mathew, que percebendo meu constrangimento tratou de acionar a tela
divisória entre os bancos. Ufa! De repente, Laura Pausini começou a tocar e “Un
emergenza d’amore” invadiu o automóvel. Olhei pra ele, franzindo as
sobrancelhas.
-Pista 1.
–respondeu brincalhão. Uma coisa era certa, ele tinha planejado tudo aquilo e
estava se divertindo como um garoto de dez anos. Tão lindinho! Meu coração
transbordou e eu fiquei me achando, sentindo que era a única a proporcionar
aquilo a ele. Pretensão minha é claro! Mas, que eu estava me sentindo, ah! Eu
estava.
-O que eu ganho
se acertar? –provoquei-o.
-Não é
melhor você perguntar o que acontece se errar? –provocou-me de volta.
MERDA!
-OK! O que
acontece?
-Você vai
pagar prendas pra mim.
-Como assim,
pagar prendas? Antony!
-Nada
demais, ficar sem sutien, sem calcinha, colocar um pedra de gelo na minha
borboletinha...
-Como é que
é? Pedra de gelo... na... você só pode estar brincando!
-Não estou
não. Também não tem que ser necessariamente nessa ordem, eu posso colocar a
pedrinha primeiro! –sorriu.
Olha vou
confessar uma coisa, eu fiquei com água na boca e naquele momento, vendo-o bem
divertido e lindo, vestindo um dos ternos mais comuns, que lhe dava uma
sensualidade do cacete, eu simplesmente não resisti. Minha vontade era de
possuí-lo, senti-lo, degustá-lo, mordê-lo.
Então parti pro ataque e agarrei seu rosto e beijei-o. Mordi seu lábio e
senti seu cheiro no pescoço.
-Tem ideia
do quanto você me deixa louca? Tenho vontade de mordê-lo, sentir o gosto do seu
sangue em minha boca só pra saber se você é mesmo tão docinho quanto parece.
–falei em seu ouvido.
-Você tem
dez minutos! –e abriu o zíper da calça.
Bem, não
dava pra tirar essa maldita calça apertada, então expu-lo e abocanhei-o numa
chupada profunda e ritmada, levando-o a apertar o banco de couro com as mãos. De
repente diminuía e subia lentamente, parando a língua na pontinha fazendo
círculos, olhando em seus olhos, vendo-o se perder e gemer de prazer. Ele era
uma delícia.
-Você gosta
disso, não é?
Em resposta
engoli-o o mais profundo que conseguia.
-Merda Elise!
Isso!
Vê-lo
entregar-se assim ao prazer e se perder em meus olhos era a coisa mais louca e
mais erótica que já vi e vivi. Eu conseguia tirar isso dele. Fazê-lo perder
totalmente o controle e o mais importante, quando o trazia de volta ao planeta
Terra, seu olhar terno e apaixonado falava muito mais que palavras. Não era
preciso dizer nada. Nós não agradecíamos o prazer proporcionado, não com
palavras, e sim com nossas reações e entrega. Estar com ele era transcendental, pura entrega e perdição.
Algo totalmente sexual, no mais cru que isso possa parecer. Sem vergonha, sem
medos, sem tabus: só NÓS. Ficar longe dele doía, meu prazer doía. A necessidade
dele estava cada vez mais intensa, mais doente, como uma droga que roda sua
mente e você não consegue mais respirar sem ela.
-Goze pra
mim Antony, eu quero sentir seu gosto agora. –e assim ele fez, gozou alto,
jorrando seu jato grosso e quente em minha garganta, para que eu pudesse saciar
minha necessidade dele.
-Meu Deus!
Você acaba comigo! –disse exausto. E olha que eu estava fazendo todo o
trabalho!
Dei um
sorrisinho e voltei pro meu lugar ao lado dele no banco.
-Você me
deve uma chupada!... Gostoso! –ele pegou minha mão e beijou-a.
-Quando
quiser!
-Nós estamos
indo a um show da Laura Pausini? –mudando de assunto.
-Não!–
MERDA! ERREI! –Você me deve uma prenda. –e riu malicioso.
-Nós vamos
viajar com a Laura Pausini? –já viram que eu quero pagar as prendas né? Pôxa
estou apelando...
-Deus,
Elise! Definitivamente não! Agora são duas prendas!
-Céus
Antony! Dá-me mais uma pista!
-A Laura
é...
-Cantora!
Sua
gargalhada ecoou dentro do carro e o fato de eu estar dando uma de burrinha só
pra diverti-lo, fez com que ele olhasse de relance pra mim, estudando-me.
-Agora já são
três prendas! Eu acho que você está trapaceando.
-Eu? Mas ela
não é cantora????
-Elise?
-Tá bom! Eu
já sei que estamos indo pra Itália. Só não sei pra que lugar lá!
-Veneza!
-Antony! Que
romântico!
-Chegamos!
Por pouco
não perdemos o voo, fizemos o check-in rapidinho e embarcamos. High class e
tratamento vip são outra conversa. Decolamos sem nenhum transtorno e o tempo
estava a nosso favor. Quando o uso dos eletrônicos foi liberado, Antony pegou
seu Lap e começou a trabalhar. Era bom demais pra ser verdade!
-Entediada?
–perguntou sem olhar pra mim.
-Como você
faz isso?
-Faço o quê?
–ainda sem olhar.
-Nada!
Esquece! –olhei pro lado e cumprimentei a mulher que estava do outro lado do
corredor com um sorrisinho.
-Tire o
sutien!
-Quê? Como
assim? Aqui?
-É Elise! Agora!
Olhei pro
lado a mulher estava observando-nos. Ele colocou-me no corredor de propósito.
MALDITO. Sorri pra ela de novo e olhei pra ele.
-E então?
–ele aguardava.
Enfiei o
braço por baixo da blusa, atrás e abri o sutien. Oba! De primeira! Depois puxei
a alça dele pela manga da blusa. De um lado e depois do outro. Tudo bem
devagar, olhando em seus olhos. Seu lap começou a apitar. Ele nem ligou. Daí
direcionei meu olhar pra minha barriga e subi a mão por dentro da blusa para
alcançar o sutien solto e o arrastei devagarinho deixando-o acariciar a pele
sensível dos meus mamilos. Antony acompanhava todo o movimento com a respiração
forte e ver suas narinas se moverem excitou-me. Puxei e entreguei-o. Ele pegou,
cheirou e guardou no bolso do paletó. Depois voltou os olhos pra minha blusa,
concentrando o olhar nos meus seios semidesnudos. É louco, mas, quanto menos
ele me toca, mais eu o desejo, mais eu o sinto, mais sofro com a ausência do
seu corpo. E nós estamos tão perto! De repente me vem aquele bolo na garganta e
começo a imaginar como será quando não o tiver mais, quando minha droga sexual
não estiver ao meu alcance. Quando nunca mais for possível senti-lo novamente
dentro de mim. Meu Deus! Eu não estou preparada pra quando o furacão Antony
passar!
-Ei! Você
está pensando demais! –ele disse parecendo ler meus pensamentos. Beijou-me.
-Acho que
sim.
-Você está
muito sexy assim. E imaginar a cor dos seus mamilos é a tarefa que estou
mandando pro meu cérebro nesse momento.
-E qual é a
cor deles?
-Quando você
está excitada, como agora? –pisquei atordoada. –Rosa escuro. Um rosa escuro
lindo do cacete.
-Toque-me!-ele
olhou pro casal do outro lado.
-Eu mandei
agora. –riu.
-Tá
necessitada? Tão depressa? Tsitsistsi!
-Merda
Antony! Toque-me.
-Não!
-Por favor!
-Não!
-E quando
você não puder fazer isso? Quando não me tiver mais em seus braços? – aquelas
palavras atingiram-no como flechas.
-Por Deus
Elise! Eu nem posso imaginar uma coisa dessas! – e beijou-me forte e selvagem,
tocando-me um seio por cima da blusa. Perdemo-nos na paixão que nem percebemos
que a comissária estava falando.
Esfreguei
meu nariz no seu e olhei no fundo dos seus olhos. Rimos.
-Você sabe
que será castigada por me fazer perder o controle, não sabe?
-Eu não me
importo!
-Espere-me
no banheiro! Agora!
Levantei e
encaminhei-me. Não sei bem como fiz isso. Minhas pernas estavam bambas como
sempre, mas fi-lo. Sorri pra comissária que passava e entrei. Respirei
profundamente. Agora é só esperar! Essa maldita espera é o que me mata. Então,
escuto a porta abrir-se. Meu coração dispara.
-Vire-se! E
segure-se na pia. –Uau!
Ele agarrou
meus seios e apertou-os forte.
-Você queria
isso? Responda!
-Sim. Mais
forte.
-Sua língua.
Eu quero sua maldita língua!
E beijou-me
enquanto maltratava meus mamilos.
-Tire a
calça!
Com
dificuldades desabotoei o botão e abaixei o zíper. Que merda de calça apertada!
E percebendo minha falta de jeito, ele mesmo abaixou-a. E como se a calcinha
fosse de papel rasgou-a. Tocou sua borboletinha convulsiva.
-Ela está
uma delícia! -disse e penetrou-me bem devagar.
-Ah! –gemi
baixinho tentando abafar os sons.
Então ele
veio mais algumas vezes com uma lentidão agonizante para em seguida impor o
ritmo HILL de ser, bombando com tudo, fazendo-me agarrar a pia com força. A
cada estocada sentia suas bolas bater em meu traseiro, uma vez ou outra ele
retirava-o e esfregava na minha outra entrada. Sabia que estava provocando-me,
mas em seguida penetrava-me novamente e arrasava-me, levando ao quase êxtase,
para depois me torturar ao ouvido:
-Você quer
mais Elise?
-Sim.
-Você ainda
quer me deixar?
-Quê?
E voltava
com tudo novamente!
-Isso!
Sufoque seus gritos!
-Maldito!
-Goze pra
mim! Vamos! Agora!
E eu gozei
como nunca, numa mistura de dor e prazer. Sabia que ia ficar dolorida, mas valia
a pena, como tudo o que ele fazia por mim. Meu corpo todo tremeu e meu último
grito foi abafado pela sua mão em minha boca. Quando voltamos da viagem do
nosso orgasmo, ele sussurrou em meu ouvido:
-Se está pensando em me deixar vou
dar um recado: quanto menos você me ver, mais vai me querer! E quanto menos
você me querer por estar lutando, muito mais vou estar com você. Eu juro Elise!
Ninguém nunca será capaz de entender, só VOCÊ e EU. Vestiu-se e saiu como um furacão, deixando-me totalmente arrasada, descabelada e dolorida.
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