12
No
elevador...
De
repente comecei a ri descontroladamente e aquele sorrisinho de triunfo
desapareceu do rosto do Antony, dando margem a uma expressão de incredulidade.
-Qual
é a piada Elise? –disse ele.
-Nós!
-Você
está dizendo que nós somos uma piada?
-Nós
estamos uma piada.
-Ah,
por favor!
O
elevador abriu-se e vários olhares impacientes viraram-se para nós, só que desta
vez era eu quem estava sorrindo e Antony estava carrancudo. É tão fácil tirá-lo
do sério. Preciso lembrar-me disso mais vezes.
-Ah,
vamos lá Antony! Você tem que concordar comigo.
-Eu
ainda não vi motivo pra virar uma piada! –disse fingindo-se magoado.
-Ok!
Embora meu traseiro ainda esteja ardendo, foi muito engraçado o que você fez lá
dentro.
-Não
era pra ser engraçado!
-Mas pra mim
foi! Eu nunca apanhei na vida! Acho que foi uma reação particular a algo novo.
Além do mais, olhe só pra mim, estou muito bizarra com essa roupa!
-Eu acho que
você está incrivelmente sexy. Deliciosa. E decididamente você não deveria
reagir assim! Você estava sendo castigada.
-Eu estava
mais concentrada no que sua outra mão estava fazendo. Aquilo sim era
torturante.
-E agora reage
rindo. Desafiando-me. Você sempre faz isso. –falou ignorando meu comentário.
-Faço o que,
Antony?
-Desafia-me o
tempo todo.
-Não é de
propósito. Você queria que eu reagisse como?
-Ficasse
quieta e me obedecesse. É assim que uma escrava se comporta.
Dou uma
gargalhada.
-Está vendo!
Você fez de novo!
-Meu Deus,
Antony! Eu faço tudo o que você quer.
-Mas, ainda
não se entregou totalmente.
Ah!
Acho que ele
está falando da submissão, das escravas sexuais. A temperatura baixou e o
sorriso sumiu do meu rosto. Esse assunto era muito delicado pra mim. Chegamos à
recepção e ele pediu meu trench coach
e antes que o funcionário muito atencioso fizesse menção de colocar em mim, ele
antecipou-se e pegou o casaco de suas mãos e vestiu-me. Fechou os botões e apertou
bem o nó do cinto, cobrindo-me finalmente. Esqueci o quanto ele era
exageradamente, hum, superprotetor. Ha!
-Assim está
melhor! –disse enfim, com aquele sorrisinho malicioso no rosto. Sorri de volta.
Ah! Meu amante perfeito, tão inconstante como as ondas do mar.
Quando
chegamos à saída, Mathew já esperava com a Mercedes
estacionada. Entrei primeiro e ele acomodou-se ao meu lado. Assim que o carro
arrancou, Antony apertou um botão e uma tela escura subiu, separando os bancos
da frente e os de trás. Uau! Ele puxou-me para seu colo e beijou-me
apaixonadamente. Segurei sua cabeça com as mãos entre seus cabelos, sorvendo
aquele beijo carente e selvagem. Suas mãos agarraram meus seios, apertando-os,
gemi e elas desceram pros quadris e bunda. Estávamos com muita saudade um do
outro. Sua língua explorava minha boca buscando a minha.
Quando nos
separamos, estávamos ofegantes.
-Não faça
aquilo novamente!
-O quê?
-Não se vá!
Não se afaste de mim. Você não imagina como todos esses dias viraram um
inferno.
-Olhei em seus
olhos. Ele encostou sua testa na minha e esfregou seu nariz no meu. Em seguida
sentiu meu cheiro passando-o pelo meu rosto. Fechei os olhos e entreguei-me
aquele ato carinhoso. Comecei a fazer o mesmo com ele e sua barba arranhou
minha pele sensível provocando choquinhos. Segurei seu rosto entre as mãos. Ele
estava com os olhos fechados e sem que eu esperasse, ele pegou-me admirando seu
belo rosto e quando nossos olhos se encontraram ele sorriu.
-Antony, eu...
eu... –“te amo” queria dizer, mas as palavras ficaram presas na garganta.
-O quê Elise?
O que você quer? Farei o que você pedir!
-Diga o que eu
quero ouvir!
Ao ouvir
aquilo seu rosto anuviou-se de uma forma muito triste, para em seguida, se
fechar naquela velha expressão fria e sombria.
Oh! Meu amante
perfeito está novamente travando aquela luta interna contra seus sentimentos.
Tenho vontade de castigar esse Antony sombrio e triste. Esse homem desconfiado
e que tem medo de se entregar. Quem fez isso com você? Quem te deixou assim?
Marianne?
-Pare de me
olhar assim, Elise!
-Não gosta
quando olho assim pra você?
-Parece que
está vendo minha alma!
-E isso é
ruim?
-Não sei. Você
me confunde!
Acariciou meu
rosto com seu indicador. Sorriu. Sorri de volta.
-Você me
desarma sorrindo assim, mas acho que você sabe disso. Não é? –entregou-se.
E você me
desarma quando vira a cabeça de lado e me olha atravessado com um meio-sorriso.
Muito gato! E quero que seja meu! Mas, você está fugindo como sempre... levando
a situação para seu território seguro, onde só você é capaz de comandar tudo do
alto do seu trono inacessível. Ele olhou pela janela e falou alguma coisa pro
Mathew, mas eu não consegui ouvir muito bem estava muito distante dali.
-Sim, Senhor
Hill!
Fiz um
movimento pra sair do seu colo, mas ele impediu-me.
-Fique aí.
Estava sentindo-me leve e vazio demais e você devolve meu peso.
Nossa!
Aninhei-me em
seus braços com a cabeça em seu ombro.
-Posso tirar
essa peruca?
-Não! É seu
castigo! –riu.
-Ah, por favor
Antony! –ri também.
-Não! Está
linda também ruiva.
-Quer que eu
pinte o cabelo? –provoquei-o.
-Quero você do
jeito que for!
Hum!
E ficamos ali,
assim juntinhos todo o trajeto até o restaurante. Uma vez ou outra ele beijava
minha testa e eu oferecia meus lábios, que ele aceitava pousando um beijo terno
e apaixonado. Eu estou completamente apaixonada por este homem. Sei que ele
sabe disso, mas e ele? O que sente por mim? Meu coração diz que não estou
sozinha.
-Eu te amo
Antony! –digo baixinho em seu pescoço.
Sinto seus
músculos enrijecerem, mas ele não responde nada. Fica quieto e eu sinto uma
vontade enorme de chorar. Estou envergonhada da minha precipitação. Não tenho
coragem de encará-lo e minha garganta sufoca-me.
Finalmente o
carro estaciona e eu levanto a cabeça e acontece o encontro de olhos azuis
assustados com olhos azuis tristes. A temperatura cai cada vez mais entre nós.
Sorriu apenas. Ele sorri de volta.
-Com fome?
–pergunta apenas.
-Acho que sim.
–não estou não. Estou com o estômago embrulhado demais, sem contar com o bolo
que está em minha garganta.
-Venha Elise,
eu sou sócio deste restaurante. E o chef
é um grande amigo meu. Gosta de menu
francês?
-Sim.
Pierre foi
muito atencioso e nos atendeu pessoalmente. Ele disse que eu tinha olhos
encantadores e segurou o olhar mais do que devia enquanto beijava minha mão.
Sorri apenas. Olhei pro Antony que estava perdido em algum nevoeiro do seu mar
revolto. Nossos pedidos chegaram um pouco demorados demais, mas finalmente
deliciamos um bom vinho francês. Procurei seu olhar e encontrei olhos azuis
fugitivos.
-O que foi
Antony? O que eu disse deixou-o incomodado?
-Vamos comer
Elise, deixe isso pra depois.
Está fugindo
de novo.
-O que você
sente por mim?
-Depois Elise,
depois!
-Não, eu quero
ouvir agora!
Então ele
solta os talheres furioso.
-Tudo bem o
que você quer ouvir?
-Quê?
-É. O que você
quer que eu diga?
Balanço a
cabeça em negativa. Reviro os olhos.
-O que você
esperava? Que diga que a ama também? Eu não nasci pra isso, meu bem! Amores!
Paixões! Contos de fadas! Isso não existe no meu mundo. Não posso sentir isso!
Não consigo sentir isso! Não nasci pra sentir isso!
Pelo amor de
Deus alguém me acorde desse pesadelo! Desvio meu olhar pra comida e brinco com
o garfo, distraindo meu cérebro e tentando filtrar tudo aquilo que acabei de
ouvir.
-Diga alguma
coisa Elise! –sinto seus olhos sobre mim, mas estou envergonhada demais pra
encará-lo. –Vamos diga! –insiste ele.
-Como está seu
salmão? –posso mostar-me também indiferente a ele.
Encaro-o e ele
encara-me de volta tentando decifrar-me. Desvio novamente pra comida e levo uma
garfada a boca.
-Hum!
Delicioso!- comento enfim.
Ele vira a
cabeça um pouco de lado, do jeito olha-como-sou-tesão, e começa a comer.
Enquanto olha pra sua comida observo-o tentando decifrá-lo. Como alguém pode
ser tão inconstante? Como alguém pode se julgar incapaz de amar outra pessoa?
Minha nossa! Eu decididamente não conheço esse homem.
Pra ser
sincera foi tudo muito esquisito durante o jantar e nos tratamos formal demais.
Nem parecíamos com o casal que quase entregou-se a paixão há poucos minutos
dentro do carro. Antony fez questão de agradecer o maravilhoso jantar a Pierre
pessoalmente. E verdade seja dita, estava delicioso mesmo. Depois
encaminhamo-nos a saída. Mathew como sempre estava a postos.
-Mathew pra
minha cobertura. –disse Antony, enquanto ajudava-me a entrar.
-Não, Mathew.
Primeiro deixe-me no hotel por favor! –eu falei decidida.
Antony
olhou-me por um instante e Mathew aguardava um terceiro comando observando-nos
pelo retrovisor.
-Como queira
senhorita! Sim, pro hotel, Mathew. –disse Antony surpreso.
Quando
chegamos ao hotel, Mathew desceu e abriu a porta pra mim. Antony saiu pela
oposta.
-Mathew
aguarde comando!
-Sim, senhor
Hill.
-Vamos Elise!
-parecia contrariado.
Entramos,
peguei a chave na recepção e subimos pra minha suíte. Estávamos no elevador
sozinhos e a lembrança de seu castigo reverberou por todo o um corpo.
-Droga Elise,
olhe pra mim!
-O que você
quer?
-Quero que
olhe pra mim. –obedeci.
-Pronto. Estou
olhando.
-Está brava
comigo?
-O que você
acha?
-Acho que você
está exagerando! –disse e puxou-me pra si.
Suas mãos
estavam no alto das minhas costas e os seus polegares acariciavam meus seios.
-Você não faz
idéia do quanto estou com saudades de você! –disse com a voz embargada de
desejo e sua boca procurava a minha.
Desvencilhei-me
de sua boca faminta e disse:
-Não vai
rolar!
-Quê?
-É isso aí.
Não vai rolar!
-Vai negar-me
o que me pertence?
-Quê? Você
está se ouvindo? Pelo amor de Deus!
Chegamos ao
andar de destino e o elevador parou. Caminhamos até a porta da suíte e numa virada
ensaiada pelas mocinhas coloquei-me entre ele e a porta.
-Dê-me a
chave! –ordenou com sua voz ríspida.
-Não!
-Sabe que não
vai resistir, uma vez que eu estiver lá dentro, não é?
-É! Por isso
também.
-Por que lutar
contra isso? –e fez um gesto circulando o indicador pro vão entre nós.
-Porque
preciso mais do que isso!
-Por quê?
-Porque eu sou
assim. Eu nasci assim. Eu só consigo assim. Do contrário me sinto vazia.
-Você é muito perspicaz, senhorita! –disse
reconhecendo suas palavras nas minhas.
-Sou sim
Antony. Não me subestime!
-Eu nunca fiz
isso! –silenciou, olhou-me bem nos olhos e disse: -Bom, acho melhor eu ir, já
que você está dispensando-me. Boa noite Elise!
-Boa noite
Antony!
E
encaminhou-se pro elevador sem olhar pra trás. Fiquei observando-o parada junto
à porta da suíte. O elevador abriu-se, ele entrou, virou-se apertou o botão e
olhou-me. As portas fecharam-se e ele se foi. Entrei, fechei a porta,
escorei-me nela e fui escorregando até o chão. Estava esgotada. Tirei a peruca
e os saltos. Meu inconsciente recriminou-me dizendo que eu havia me exposto
demais, talvez eu o tenha assustado com as minhas palavras...
***********
Acordo com o
celular tocando. Mathew. 1:15 da manhã horário local. Ah! Meu Deus! Será que
aconteceu alguma coisa? Meu coração dispara. Um acidente? Essa não!
-Alô Mathew!
-Desculpe
senhorita, incomodá-la a essa hora, mas eu não sei mais o que fazer.
-O que
aconteceu, Mathew? Fale de uma vez!
-Estamos aqui
embaixo, no bar do hotel. O Senhor Hill está muito bêbado e não quer ir embora.
-Ah! Que
infantil! Já vou descer!
-Obrigado
senhorita.
***********
Quando desci
até o bar encontrei-o sentado de mau jeito em uma cadeira, o cabelo revolto e
imagino quantas vezes ele não passou as mãos por eles. Assim que me viu, acho
que ele baixou os olhos envergonhado, mas logo voltou a encarar-me.
-Eliishh....
–minha nossa!
-Muito adulto
Senhor Hill! –falei com os braços cruzados.
-Eliishh... eu
não vou a lugar...nenhum...hummm...até voshê me ouvir. –Minha nossa!
-Tudo bem,
senhor-enrola-língua. Seu português não é lá essas coisas e bêbado assim, está
bizarro. –Mathew engasgou o riso.
-Preshisho
falar com você!
-Sim lá em
cima! Mathew ajude-me a levá-lo até o elevador.
Foi uma luta
pra conseguir chegarmos ao elevador. Dispensei o Mathew e subi sozinha com ele
até a suíte. No elevador tive que abraçá-lo pra ele não cair. E mesmo assim
balançava-nos. Nossa! Ele devia estar pesando uns cem kilos.
-Que merda
Elishh! Cacete! Não acredito que você me dispensou!
-Shhhh! Amanhã
a gente conversa sobre isso.
Abracei-o pela
cintura e ele pendeu seu peso todo sobre mim. Senti seu cheiro. Ele era tão
gostoso! Meu Deus! Como posso desejá-lo tanto? Tenho vontade de devorá-lo.
Chega a ser carnal o que sinto por este homem. Entramos e ele praticamente se
jogou na cama. Tirei seus sapatos, cinto. Seu paletó já havia sido retirado no
elevador. Desabotoei os botões da camisa. Ele sentou-se e eu retirei-a. olhei
pros pelinhos espalhados no alto do peito. Tive vontade de tocá-los, de
enterrar meu nariz neles, deixando-os fazer cócegas em meu rosto e sentir seu
cheiro. O “cheiro Antony” que sempre está aqui, mesmo após o banho, sob
qualquer colônia que ele use. Quando olhei pra ele, encontrei-o com aquele
sorrisinho. Corei envergonhada, porque eu sabia que ele fazia idéia das
intenções dos meus pensamentos luxuriosos. Parti pra sua calça. Ele deitou-se
novamente. Abri os botões, o zíper e tentei em vão fazê-la descer.
-Consegue
levantar os quadris? –disse. Ele riu. Estava olhando pra mim.
Leventou-os e
eu puxei a calça. Ele estava usando uma boxer. Ai-Meu-Deus! Subi na cama pra
puxar as cobertas pra e ele puxou-me pra si.
-Sua vez,
Elishh! –rio. –Venha deite-se comigo.
Tirei minha
roupa e deitei em seus braços. Ele beijou minha testa e procurou meus lábios
dando-me um daqueles beijos selvagens que acenderam todos os meus instintos.
-Durma
Elishhh... não vou tentar nada. Vou reshhpeitar sua decisão! –Quê?
Tudo bem,
digamos que por causa da sua bebedeira, eu me conformei em dormir ‘apenas’ em
seus braços. Ah! Adorei o Antony-bêbado-soltando-o-verbo-e-os-palavrões.
************
Acordo
sentindo sua boca atacando meus seios. Ele suga-os com uma voracidade latente
que deixou meus bicos intumescidos e duros. Olho pra baixo não consigo vê-lo.
Ele está por baixo da coberta. Sinto girá-los entre os dedos. É um misto de dor
e excitação, que faz um lugar em especial contrair-se. Ainda com meus seios em
suas mãos, ele faz o caminho da vão entre eles até o umbigo com sua língua,
alternando com beijinhos. É tão bom. E desce mais, mais. Mais.
-Ora, ora, o
que temos aqui?
Merda. Merda.
Merda. A tatoo. Ele joga acoberta de
lado e diz:
-Elise o que
você fez aqui?
Essa não! Ele
não gostou!
-Por que você
depilou assim? Fale comigo! Vamos!
Escondi o
rosto sob o travesseiro. Ele subiu pra encarar-me e puxou-o do meu rosto.
-Você sempre
pediu para eu depilar assim. -falei entre os risos.
A verdade é
que sempre fui adepta a uma depilação minimalista, mas certa vez ele pediu-me
para fazer uma depilação total. Então resolvi fazer um agrado e aproveitei a
ocasião e por sugestão da minha depiladora, fiz uma tatuagem de uma
borboletinha, um pouco maior que a unha do polegar, no lado direito superior.
-E essa
tatuagem? Foi pra mim?
-Claro que
foi! Mas, ela vai sair dentro de alguns dias. –fazendo beicinho.
-Quantos dias
eu ainda tenho?
-Hum! Acho que
mais três dias.
-Então eu vou
olhá-la direitinho.
E desceu lá em
baixo.
-Ah! Não volte
aqui Antony! –que idéia de jerico essa minha!
-Com vergonha?
Se você não queria chamar minha atenção pra cá, ao deveria ter feito essa
coisinha linda!
E beijou-me
lá. Uma. Duas. Muitas vezes. Então subiu e disse:
-Elise você
confia em mim?
-Se não
confiasse não teria trazido-o aqui.
-Estou com
vontade de fazer uma coisa com você!
-O quê? –meu coração
disparou.
-Quero
amarrá-la! –disse entre os dentes com os olhos cheios de desejo.
-Você vai
fazer-me sentir dor?
-Também! Pro que
eu tenho em mente é inevitável. Se você quiser que eu pare é só pedir.
-E se eu não
quiser?
-Então eu não
vou parar. –disse isso enquanto passava a língua nos lábios e esfregava os
quadris nos meus. –Fique aí quietinha que eu já volto.
Quê? Volte aqui!
Enquanto isso
ele olhou ao redor a procura de não sei o quê. Alcançou meu robe de seda e
tirou-lhe a faixa, em seguida foi ao banheiro e voltou com a faixa do roupão. Pisquei
os olhos. Céus! Ele vai amarrar-me mesmo! E lá vem ele. Sobe na cama e monta em
mim. Sorri e agarra um travesseiro. Tira-lhe a fronha e gira-o entre os dedos.
-É só procurar
o travesseiro certo.
Deixa-o de
lado e alcança o outro. Tira-lhe a fronha e encontra alguma coisa. Puxa os dois
lados do tecido e um pequeno buraco se faz. Então ele enfia seu dedo longo, sem
tirar os olhos de mim. Céus! Imaginar o que esse dedo é capaz de fazer me faz
ruborizar.
-E a pena
certa! –revela com um sorriso maroto.
-Duas faixas e
uma pena?
-Um bom
lutador usa as armas que dispõe honey!
E um milhão de
pensamentos desconexos sobre o que ele vai fazer com isso desencadeia um
turbilhão de sensações tão agradáveis. Arfo o peito e preparo-me para ele. É! Eu
definitivamente quero ser amarrada!
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