domingo, 20 de janeiro de 2013

Capítulo 12



12

        No elevador...
        De repente comecei a ri descontroladamente e aquele sorrisinho de triunfo desapareceu do rosto do Antony, dando margem a uma expressão de incredulidade.
        -Qual é a piada Elise? –disse ele.
        -Nós!
        -Você está dizendo que nós somos uma piada?
        -Nós estamos uma piada.
        -Ah, por favor!
        O elevador abriu-se e vários olhares impacientes viraram-se para nós, só que desta vez era eu quem estava sorrindo e Antony estava carrancudo. É tão fácil tirá-lo do sério. Preciso lembrar-me disso mais vezes.
        -Ah, vamos lá Antony! Você tem que concordar comigo.
        -Eu ainda não vi motivo pra virar uma piada! –disse fingindo-se magoado.
        -Ok! Embora meu traseiro ainda esteja ardendo, foi muito engraçado o que você fez lá dentro.
        -Não era pra ser engraçado!
-Mas pra mim foi! Eu nunca apanhei na vida! Acho que foi uma reação particular a algo novo. Além do mais, olhe só pra mim, estou muito bizarra com essa roupa!
-Eu acho que você está incrivelmente sexy. Deliciosa. E decididamente você não deveria reagir assim! Você estava sendo castigada.
-Eu estava mais concentrada no que sua outra mão estava fazendo. Aquilo sim era torturante.
-E agora reage rindo. Desafiando-me. Você sempre faz isso. –falou ignorando meu comentário.
-Faço o que, Antony?
-Desafia-me o tempo todo.
-Não é de propósito. Você queria que eu reagisse como?
-Ficasse quieta e me obedecesse. É assim que uma escrava se comporta.
Dou uma gargalhada.
-Está vendo! Você fez de novo!
-Meu Deus, Antony! Eu faço tudo o que você quer.
-Mas, ainda não se entregou totalmente.
Ah!
Acho que ele está falando da submissão, das escravas sexuais. A temperatura baixou e o sorriso sumiu do meu rosto. Esse assunto era muito delicado pra mim. Chegamos à recepção e ele pediu meu trench coach e antes que o funcionário muito atencioso fizesse menção de colocar em mim, ele antecipou-se e pegou o casaco de suas mãos e vestiu-me. Fechou os botões e apertou bem o nó do cinto, cobrindo-me finalmente. Esqueci o quanto ele era exageradamente, hum, superprotetor. Ha!
-Assim está melhor! –disse enfim, com aquele sorrisinho malicioso no rosto. Sorri de volta. Ah! Meu amante perfeito, tão inconstante como as ondas do mar.
Quando chegamos à saída, Mathew já esperava com a Mercedes estacionada. Entrei primeiro e ele acomodou-se ao meu lado. Assim que o carro arrancou, Antony apertou um botão e uma tela escura subiu, separando os bancos da frente e os de trás. Uau! Ele puxou-me para seu colo e beijou-me apaixonadamente. Segurei sua cabeça com as mãos entre seus cabelos, sorvendo aquele beijo carente e selvagem. Suas mãos agarraram meus seios, apertando-os, gemi e elas desceram pros quadris e bunda. Estávamos com muita saudade um do outro. Sua língua explorava minha boca buscando a minha.
Quando nos separamos, estávamos ofegantes.
-Não faça aquilo novamente!
-O quê?
-Não se vá! Não se afaste de mim. Você não imagina como todos esses dias viraram um inferno.
-Olhei em seus olhos. Ele encostou sua testa na minha e esfregou seu nariz no meu. Em seguida sentiu meu cheiro passando-o pelo meu rosto. Fechei os olhos e entreguei-me aquele ato carinhoso. Comecei a fazer o mesmo com ele e sua barba arranhou minha pele sensível provocando choquinhos. Segurei seu rosto entre as mãos. Ele estava com os olhos fechados e sem que eu esperasse, ele pegou-me admirando seu belo rosto e quando nossos olhos se encontraram ele sorriu.
-Antony, eu... eu... –“te amo” queria dizer, mas as palavras ficaram presas na garganta.
-O quê Elise? O que você quer? Farei o que você pedir!
-Diga o que eu quero ouvir!
Ao ouvir aquilo seu rosto anuviou-se de uma forma muito triste, para em seguida, se fechar naquela velha expressão fria e sombria.
Oh! Meu amante perfeito está novamente travando aquela luta interna contra seus sentimentos. Tenho vontade de castigar esse Antony sombrio e triste. Esse homem desconfiado e que tem medo de se entregar. Quem fez isso com você? Quem te deixou assim? Marianne?
-Pare de me olhar assim, Elise!
-Não gosta quando olho assim pra você?
-Parece que está vendo minha alma!
-E isso é ruim?
-Não sei. Você me confunde!
Acariciou meu rosto com seu indicador. Sorriu. Sorri de volta.
-Você me desarma sorrindo assim, mas acho que você sabe disso. Não é? –entregou-se.
E você me desarma quando vira a cabeça de lado e me olha atravessado com um meio-sorriso. Muito gato! E quero que seja meu! Mas, você está fugindo como sempre... levando a situação para seu território seguro, onde só você é capaz de comandar tudo do alto do seu trono inacessível. Ele olhou pela janela e falou alguma coisa pro Mathew, mas eu não consegui ouvir muito bem estava muito distante dali.
-Sim, Senhor Hill!
Fiz um movimento pra sair do seu colo, mas ele impediu-me.
-Fique aí. Estava sentindo-me leve e vazio demais e você devolve meu peso.
Nossa!
Aninhei-me em seus braços com a cabeça em seu ombro.
-Posso tirar essa peruca?
-Não! É seu castigo! –riu.
-Ah, por favor Antony! –ri também.
-Não! Está linda também ruiva.
-Quer que eu pinte o cabelo? –provoquei-o.
-Quero você do jeito que for!
Hum!
E ficamos ali, assim juntinhos todo o trajeto até o restaurante. Uma vez ou outra ele beijava minha testa e eu oferecia meus lábios, que ele aceitava pousando um beijo terno e apaixonado. Eu estou completamente apaixonada por este homem. Sei que ele sabe disso, mas e ele? O que sente por mim? Meu coração diz que não estou sozinha.
-Eu te amo Antony! –digo baixinho em seu pescoço.
Sinto seus músculos enrijecerem, mas ele não responde nada. Fica quieto e eu sinto uma vontade enorme de chorar. Estou envergonhada da minha precipitação. Não tenho coragem de encará-lo e minha garganta sufoca-me.
Finalmente o carro estaciona e eu levanto a cabeça e acontece o encontro de olhos azuis assustados com olhos azuis tristes. A temperatura cai cada vez mais entre nós. Sorriu apenas. Ele sorri de volta.
-Com fome? –pergunta apenas.
-Acho que sim. –não estou não. Estou com o estômago embrulhado demais, sem contar com o bolo que está em minha garganta.
-Venha Elise, eu sou sócio deste restaurante. E o chef é um grande amigo meu. Gosta de menu francês?
-Sim.
Pierre foi muito atencioso e nos atendeu pessoalmente. Ele disse que eu tinha olhos encantadores e segurou o olhar mais do que devia enquanto beijava minha mão. Sorri apenas. Olhei pro Antony que estava perdido em algum nevoeiro do seu mar revolto. Nossos pedidos chegaram um pouco demorados demais, mas finalmente deliciamos um bom vinho francês. Procurei seu olhar e encontrei olhos azuis fugitivos.
-O que foi Antony? O que eu disse deixou-o incomodado?
-Vamos comer Elise, deixe isso pra depois.
Está fugindo de novo.
-O que você sente por mim?
-Depois Elise, depois!
-Não, eu quero ouvir agora!
Então ele solta os talheres furioso.
-Tudo bem o que você quer ouvir?
-Quê?
-É. O que você quer que eu diga?
Balanço a cabeça em negativa. Reviro os olhos.
-O que você esperava? Que diga que a ama também? Eu não nasci pra isso, meu bem! Amores! Paixões! Contos de fadas! Isso não existe no meu mundo. Não posso sentir isso! Não consigo sentir isso! Não nasci pra sentir isso!
Pelo amor de Deus alguém me acorde desse pesadelo! Desvio meu olhar pra comida e brinco com o garfo, distraindo meu cérebro e tentando filtrar tudo aquilo que acabei de ouvir.
-Diga alguma coisa Elise! –sinto seus olhos sobre mim, mas estou envergonhada demais pra encará-lo. –Vamos diga! –insiste ele.
-Como está seu salmão? –posso mostar-me também indiferente a ele.
Encaro-o e ele encara-me de volta tentando decifrar-me. Desvio novamente pra comida e levo uma garfada a boca.
-Hum! Delicioso!- comento enfim.
Ele vira a cabeça um pouco de lado, do jeito olha-como-sou-tesão, e começa a comer. Enquanto olha pra sua comida observo-o tentando decifrá-lo. Como alguém pode ser tão inconstante? Como alguém pode se julgar incapaz de amar outra pessoa? Minha nossa! Eu decididamente não conheço esse homem.
Pra ser sincera foi tudo muito esquisito durante o jantar e nos tratamos formal demais. Nem parecíamos com o casal que quase entregou-se a paixão há poucos minutos dentro do carro. Antony fez questão de agradecer o maravilhoso jantar a Pierre pessoalmente. E verdade seja dita, estava delicioso mesmo. Depois encaminhamo-nos a saída. Mathew como sempre estava a postos.
-Mathew pra minha cobertura. –disse Antony, enquanto ajudava-me a entrar.
-Não, Mathew. Primeiro deixe-me no hotel por favor! –eu falei decidida.
Antony olhou-me por um instante e Mathew aguardava um terceiro comando observando-nos pelo retrovisor.
-Como queira senhorita! Sim, pro hotel, Mathew. –disse Antony surpreso.
Quando chegamos ao hotel, Mathew desceu e abriu a porta pra mim. Antony saiu pela oposta.
-Mathew aguarde comando!
-Sim, senhor Hill.
-Vamos Elise! -parecia contrariado.
Entramos, peguei a chave na recepção e subimos pra minha suíte. Estávamos no elevador sozinhos e a lembrança de seu castigo reverberou por todo o um corpo.
-Droga Elise, olhe pra mim!
-O que você quer?
-Quero que olhe pra mim. –obedeci.
-Pronto. Estou olhando.
-Está brava comigo?
-O que você acha?
-Acho que você está exagerando! –disse e puxou-me pra si.
Suas mãos estavam no alto das minhas costas e os seus polegares acariciavam meus seios.
-Você não faz idéia do quanto estou com saudades de você! –disse com a voz embargada de desejo e sua boca procurava a minha.
Desvencilhei-me de sua boca faminta e disse:
-Não vai rolar!
-Quê?
-É isso aí. Não vai rolar!
-Vai negar-me o que me pertence?
-Quê? Você está se ouvindo? Pelo amor de Deus!
Chegamos ao andar de destino e o elevador parou. Caminhamos até a porta da suíte e numa virada ensaiada pelas mocinhas coloquei-me entre ele e a porta.
-Dê-me a chave! –ordenou com sua voz ríspida.
-Não!
-Sabe que não vai resistir, uma vez que eu estiver lá dentro, não é?
-É! Por isso também.
-Por que lutar contra isso? –e fez um gesto circulando o indicador pro vão entre nós.
-Porque preciso mais do que isso!
-Por quê?
-Porque eu sou assim. Eu nasci assim. Eu só consigo assim. Do contrário me sinto vazia.
-Você é  muito perspicaz, senhorita! –disse reconhecendo suas palavras nas minhas.
-Sou sim Antony. Não me subestime!
-Eu nunca fiz isso! –silenciou, olhou-me bem nos olhos e disse: -Bom, acho melhor eu ir, já que você está dispensando-me. Boa noite Elise!
-Boa noite Antony!
E encaminhou-se pro elevador sem olhar pra trás. Fiquei observando-o parada junto à porta da suíte. O elevador abriu-se, ele entrou, virou-se apertou o botão e olhou-me. As portas fecharam-se e ele se foi. Entrei, fechei a porta, escorei-me nela e fui escorregando até o chão. Estava esgotada. Tirei a peruca e os saltos. Meu inconsciente recriminou-me dizendo que eu havia me exposto demais, talvez eu o tenha assustado com as minhas palavras...

***********

Acordo com o celular tocando. Mathew. 1:15 da manhã horário local. Ah! Meu Deus! Será que aconteceu alguma coisa? Meu coração dispara. Um acidente? Essa não!
-Alô Mathew!
-Desculpe senhorita, incomodá-la a essa hora, mas eu não sei mais o que fazer.
-O que aconteceu, Mathew? Fale de uma vez!
-Estamos aqui embaixo, no bar do hotel. O Senhor Hill está muito bêbado e não quer ir embora.
-Ah! Que infantil! Já vou descer!
-Obrigado senhorita.

***********

Quando desci até o bar encontrei-o sentado de mau jeito em uma cadeira, o cabelo revolto e imagino quantas vezes ele não passou as mãos por eles. Assim que me viu, acho que ele baixou os olhos envergonhado, mas logo voltou a encarar-me.
-Eliishh.... –minha nossa!
-Muito adulto Senhor Hill! –falei com os braços cruzados.
-Eliishh... eu não vou a lugar...nenhum...hummm...até voshê me ouvir. –Minha nossa!
-Tudo bem, senhor-enrola-língua. Seu português não é lá essas coisas e bêbado assim, está bizarro. –Mathew engasgou o riso.
-Preshisho falar com você!
-Sim lá em cima! Mathew ajude-me a levá-lo até o elevador.
Foi uma luta pra conseguir chegarmos ao elevador. Dispensei o Mathew e subi sozinha com ele até a suíte. No elevador tive que abraçá-lo pra ele não cair. E mesmo assim balançava-nos. Nossa! Ele devia estar pesando uns cem kilos.
-Que merda Elishh! Cacete! Não acredito que você me dispensou!
-Shhhh! Amanhã a gente conversa sobre isso.
Abracei-o pela cintura e ele pendeu seu peso todo sobre mim. Senti seu cheiro. Ele era tão gostoso! Meu Deus! Como posso desejá-lo tanto? Tenho vontade de devorá-lo. Chega a ser carnal o que sinto por este homem. Entramos e ele praticamente se jogou na cama. Tirei seus sapatos, cinto. Seu paletó já havia sido retirado no elevador. Desabotoei os botões da camisa. Ele sentou-se e eu retirei-a. olhei pros pelinhos espalhados no alto do peito. Tive vontade de tocá-los, de enterrar meu nariz neles, deixando-os fazer cócegas em meu rosto e sentir seu cheiro. O “cheiro Antony” que sempre está aqui, mesmo após o banho, sob qualquer colônia que ele use. Quando olhei pra ele, encontrei-o com aquele sorrisinho. Corei envergonhada, porque eu sabia que ele fazia idéia das intenções dos meus pensamentos luxuriosos. Parti pra sua calça. Ele deitou-se novamente. Abri os botões, o zíper e tentei em vão fazê-la descer.
-Consegue levantar os quadris? –disse. Ele riu. Estava olhando pra mim.
Leventou-os e eu puxei a calça. Ele estava usando uma boxer. Ai-Meu-Deus! Subi na cama pra puxar as cobertas pra e ele puxou-me pra si.
-Sua vez, Elishh! –rio. –Venha deite-se comigo.
Tirei minha roupa e deitei em seus braços. Ele beijou minha testa e procurou meus lábios dando-me um daqueles beijos selvagens que acenderam todos os meus instintos.
-Durma Elishhh... não vou tentar nada. Vou reshhpeitar sua decisão! –Quê?
Tudo bem, digamos que por causa da sua bebedeira, eu me conformei em dormir ‘apenas’ em seus braços. Ah! Adorei o Antony-bêbado-soltando-o-verbo-e-os-palavrões.

************
Acordo sentindo sua boca atacando meus seios. Ele suga-os com uma voracidade latente que deixou meus bicos intumescidos e duros. Olho pra baixo não consigo vê-lo. Ele está por baixo da coberta. Sinto girá-los entre os dedos. É um misto de dor e excitação, que faz um lugar em especial contrair-se. Ainda com meus seios em suas mãos, ele faz o caminho da vão entre eles até o umbigo com sua língua, alternando com beijinhos. É tão bom. E desce mais, mais. Mais.
-Ora, ora, o que temos aqui?
Merda. Merda. Merda. A tatoo. Ele joga  acoberta de lado e diz:
-Elise o que você fez aqui?
Essa não! Ele não gostou!
-Por que você depilou assim? Fale comigo! Vamos!
Escondi o rosto sob o travesseiro. Ele subiu pra encarar-me e puxou-o do meu rosto.
-Você sempre pediu para eu depilar assim. -falei entre os risos.
A verdade é que sempre fui adepta a uma depilação minimalista, mas certa vez ele pediu-me para fazer uma depilação total. Então resolvi fazer um agrado e aproveitei a ocasião e por sugestão da minha depiladora, fiz uma tatuagem de uma borboletinha, um pouco maior que a unha do polegar, no lado direito superior.
-E essa tatuagem? Foi pra mim?
-Claro que foi! Mas, ela vai sair dentro de alguns dias. –fazendo beicinho.
-Quantos dias eu ainda tenho?
-Hum! Acho que mais três dias.
-Então eu vou olhá-la direitinho.
E desceu lá em baixo.
-Ah! Não volte aqui Antony! –que idéia de jerico essa minha!
-Com vergonha? Se você não queria chamar minha atenção pra cá, ao deveria ter feito essa coisinha linda!
E beijou-me lá. Uma. Duas. Muitas vezes. Então subiu e disse:
-Elise você confia em mim?
-Se não confiasse não teria trazido-o aqui.
-Estou com vontade de fazer uma coisa com você!
-O quê? –meu coração disparou.
-Quero amarrá-la! –disse entre os dentes com os olhos cheios de desejo.
-Você vai fazer-me sentir dor?
-Também! Pro que eu tenho em mente é inevitável. Se você quiser que eu pare é só pedir.
-E se eu não quiser?
-Então eu não vou parar. –disse isso enquanto passava a língua nos lábios e esfregava os quadris nos meus. –Fique aí quietinha que eu já volto.
Quê? Volte aqui!
Enquanto isso ele olhou ao redor a procura de não sei o quê. Alcançou meu robe de seda e tirou-lhe a faixa, em seguida foi ao banheiro e voltou com a faixa do roupão. Pisquei os olhos. Céus! Ele vai amarrar-me mesmo! E lá vem ele. Sobe na cama e monta em mim. Sorri e agarra um travesseiro. Tira-lhe a fronha e gira-o entre os dedos.
-É só procurar o travesseiro certo.
Deixa-o de lado e alcança o outro. Tira-lhe a fronha e encontra alguma coisa. Puxa os dois lados do tecido e um pequeno buraco se faz. Então ele enfia seu dedo longo, sem tirar os olhos de mim. Céus! Imaginar o que esse dedo é capaz de fazer me faz ruborizar.
-E a pena certa! –revela com um sorriso maroto.
-Duas faixas e uma pena?
-Um bom lutador usa as armas que dispõe honey!
E um milhão de pensamentos desconexos sobre o que ele vai fazer com isso desencadeia um turbilhão de sensações tão agradáveis. Arfo o peito e preparo-me para ele. É! Eu definitivamente quero ser amarrada!

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