terça-feira, 21 de janeiro de 2014
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Capítulo 21 - Dança das borboletas
-Não
consigo acreditar que você fez tudo isso! Como? Quando? – e mais uma vez ele consegue me surpreender com suas proezas. Céus! Esse
homem tem uma mente muito fértil e pergunto-me se conseguirei acompanhá-lo em
suas viagens sexuais. Sério! Eu quase enfartei. Ele é tão intenso e sabe usar
meu corpo contra mim. Isso simplesmente não é justo! Ele não joga limpo comigo.
O que fazer? Deixar-me ir?
-Relaxe!
Confie em mim e deixe-me levá-la. –Disse-me
simplesmente e mandou um daqueles sorrisos e uma olhar de
NÃO-SEJA-BOBA-VOCÊ-JÁ-ESTÁ-CAIDINHA.
Antony
pegou minha mão e saímos dali, mas antes de darmos mais um passo, puxou-me pra
si e beijou-me.
-Céus
você está tremendo Elise!
-Acho
que á a adrenalina. Você já pensou em ser diretor de filmes de ação?
-Por
Deus! Não! Vamos beber. Você precisa de uma bebida. Aquilo foi só uma cena que
eu tinha muita vontade de viver. Pra ser sincero sempre quis foder em uma
dessas pontes de Veneza.
-É!
Acho que sim. Preciso sim de uma bebida e decididamente nós poderíamos ter sido
presos! –Me sinto intimidada com esse
furor todo, mas de um jeito particularmente bom e renovador. Sorrio. Meu corpo
ainda o sente, ou melhor, ainda o reclama. Isso é totalmente insano.
Deliciosamente insano. Eu preciso de uma bebida com urgência! Não quero perder
o controle da situação, mas por outro lado, acho que não há nada de errado em
perdê-lo. Sempre fui tão comportada. Não quero chegar ao lugar comum que todos
vão, quando seguem as regras. Quero pegar o outro caminho, aquele que ninguém
quer seguir. E quero também pegar o atalho. Fazer o quê? Eu sou assim. Ele me
deixa assim. Acho bom você fazer alguma coisa a esse respeito Antony Hill, do
contrário temo o quanto todo esse sentimento seja tóxico pra mim.
-Não
quando se tem os contatos certos Elise! E não pense demais, eu jamais a
colocaria em uma situação de risco.
Fomos
ao bar que ele mencionou. O lugar era bem legal, com música ao vivo, estilo
jazz e soul. Estava lotado, mas graças ao fato do dono conhecer o Signore Hill,
conseguimos uma mesa.
*********
Voltamos
ao hotel e resolvi tomar um banho. No bar o celular dele não parou de tocar e a
cada vez que ele olhava a tela, xingava e desligava. É claro que o Antony ficou
lá embaixo falando ao telefone. Não sei com quem, sobre o quê e nem quero
saber. Se tem uma coisa que aprendi é que os homens precisam de espaço pra
resolverem seus problemas e se eles querem compartilhar, eles próprios os
trazem à tona. Então vou relaxar e esperá-lo. Pego o tablet e vou checar meus
e-mails. Nossa! O Gilian escreveu uma verdadeira bíblia e eu o ignoro. Depois
leio. Não estou com saco pra ouvir sermão. Um e-mail da minha mãe. Ela nunca
escreve e-mail. Vamos lá.
“Elise
querida, onde você está? Não quero me meter na sua vida, mas não mate sua pobre
mãe antes da hora! Fale comigo. Preciso falar com você sobre o Marcelo. Ele
esteve aqui.”
Ela
sabe o quão rebelde eu posso ser e por isso está sempre na defensiva comigo.
Mas, o que será que aquele idiota aprontou dessa vez? Resolvo ligar.
-Alô!
-Oi,
mãe!
-Ah!
Oi querida! Aconteceu alguma coisa? Por que está me ligando a esta hora?
Merda!
Esqueci o fuso! –Desculpe mãe, esqueci o fuso!
-O
fuso? Onde você está Elise?
-Na
Itália.
-Na
Itália?
-É
uma longa história! Estou bem e me divertindo muito. Fiquei curiosa com o seu
e-mail.
No
exato momento em que termino a frase, Antony entra com uma cara de
pouca-conversa. Olha pra mim e gesticulo MÃE!
Ele assente e vai tomar banho.
-Ele
esteve aqui perguntando por você. Disse que se encontrou contigo num shopping
em Fortaleza.
-É
foi sim! Ele estava com uma cara péssima mãe.
-Ele
perguntou se você estava morando lá. Eu tentei enrolar, mas ele não é bobo.
-O
que ele quer afinal?
-O
óbvio! Te quer de volta! Deu pra ver que ele não está pra brincadeira. Pela a
insistência, sabe filha. Também pediu o endereço de onde quer que você
estivesse morando.
-E
você deu?
-Não!
Elise! Claro que não. Disse que ia falar com você primeiro. Ele ficou de passar
aqui depois ou ligar.
-Mãe
não dê! Eu não quero falar com ele. Quero viver em paz. Eu... eu...
-Eu
sei querida... Você está com alguém não é mesmo?
-Estou
sim. E ele me faz tão bem! Estou apaixonada...
Quando
olho pra porta do banheiro, tenho a verdadeira visão do paraíso: Antony só de
cueca boxer preta, com algumas gotículas espalhadas sobre o peito, secando o
cabelo, totalmente alheio ao meu olhar descarado que o devorava dos pés a
cabeça. Céus! Que coxas! Seca o cabelo com toda aquela grosseria máscula que só
os homens têm ao fazer isso. Vira-se e me dá uma visão privilegiada do seu
traseiro malhado. Minha garganta fica seca. Como posso desejá-lo tanto? Eu
nunca quis ninguém assim! Eu quero... eu quero simplesmente MORDÊ-LO. MORDER.
MORDER. Quero mordê-lo e quero agora.
-Elise!
Elise! Você está me ouvindo?
-Ah!
Eh! Mãe! Sim estou aqui! Amanhã a gente se fala. Tá bom? Te amo! Te adoro!
Beijo no Harry! Tchauzinho! –e desligo arfando.
Antony
volta e olha pra mim com uma sobrancelha arqueada.
-Você
está bem Elise? –pergunta cautelosamente.
-Bem!
Estou bem! –respiro e tento esconder minha excitação, mas meus olhos vidrados
devem me denunciar e dizer muito mais. Ele já sabe. Vai até uma mesinha e pega
um livro. Veste uma camiseta cinza. Merda! Camiseta não! Deita ao meu lado e
começa a ler o livro: “Inferno – Dan Brown”. Eu não vou perder pro Dan! Não
mesmo! Olho pra mim: regatinha de algodão e calcinha com a cara do demônio da
tasmânia! Na frente. Que merda! Tá bom! Um a zero pra você Dan!
Levanto-me
lentamente e dou aquela famosa puxadinha na calcinha. Isso atrai sua atenção
pro meu bumbum. Vou até o frigo e bebo água. Sempre de costas pra ele. Quando
me viro. Ele está me olhando e finjo que não percebo, mas seu olhar está
concentrado no demônio da tasmânia. Aperto as coxas involuntariamente. Ele
sorri e volta a olhar pro livro, mantendo aquele sorrisinho sexy pra cacete.
Deito
de bruços ao seu lado, prendo o meu cabelo num coque alto. A camiseta sobe um
pouco, de modo que a calcinha entra no meu bumbum enorme. Estou morrendo de
vontade de consertá-la. Mas, não. Vou provocá-lo um pouco. Pego o tablet e
começo a fazer rodinhas com o indicador. Olho de relance pra ele. Está com
aquele sorrisinho. Quer brincar! Ah meu Demônio da Tasmânia quer brincar!
Molho
os lábios com a língua. Olho-o de relance. Remexo-me na cama. Estou inquieta,
ansiosa. Ele vai deixar-me tomar a iniciativa. Cretino! Está se divertindo com
meu inferno. Olho-o novamente. Agora está sério. Parece que está realmente
lendo. Miro em seus lábios. Vermelhos. Inconscientemente canto os versos de uma
música que adoro:
Vermelhos são
seus beijos
Quase que me
queimam...
-O
que você disse Elise? –ele olha pra mim.
-Nada!
Só estava cantarolando!
-Ah!
Você está estranha! –estranha? E sem esperar minha resposta engata: -Este livro
é mesmo muito bom. Estou tão concentrado!-
Quê?
Placar: Dan-2 X Elise -0. Coço a cabeça! Deixo o tablete de lado. Levanto,
sento-me sobre os joelhos e abaixo-me para olhar a capa do livro! Ele me
observa. Nossos olhos se encontram. Desvio-me do seu intenso olhar. Que coisa!
Ele tem razão. Quanto estou com tesão não consigo encará-lo. Levanto o seu
braço esquerdo, me meto em seus braços e digo:
-Posso
ler também? –olho pra cima. Ele assente e quando olho o livro, está aberto na
primeira página. Percebo seu joguinho. Viro e beijo seu pescoço!
-Você
não vai ler?-pergunta.
-Você
não quer virar a página! –ele dá um sorrisinho.
-Pronto
já virei!
-Não
quero ler!
-Não?
-Humhum!
Ele
fecha o livro, coloca-o sobre o criado e diz com a voz sensual e os olhos
pervertidos:
-O
que você quer?
Engulo
em seco e digo: -Morder você!
Ele
engasga. –Como é? Você quer me morder?
-Sim!
-E
onde exatamente você quer me morder?
-Na
sua coxa. –pela primeira vez vejo Antony desconcertado. Não sabe o que fazer
diante do meu desejo selvagem. Então resolvo maltratá-lo ainda mais e provoco.
–Eu quero sentir o gosto do seu sangue!
-Você
quer o quê? –ele já respira com dificuldade.
-Só
um pouquinho. Deixa amor!
-Puta
que pariu! Ninguém nunca me pediu nada parecido. –Está nervoso, leva as duas
mãos aos cabelos e olha pra mim com um misto de surpresa e excitação. Faço cara
séria de safada. Meio de lado sabe. Pra ele pensar que estou falando sério.
–Tudo bem! –concorda enfim e solta o ar.
Molho
os lábios novamente. Segura cada uma das suas mãos com as minhas e coloco-as ao
lado da sua cabeça. Quero tomar o controle da transa e ele se diverte com isso.
Monto nele. Em sua barriga firme e sinto-a tencionar-se sob mim. Arrasto meu
sexo por ela de encontro a sua ereção. Ele geme. Ah! Quando chego ali me
esfrego. Mexo meu quadril pra cima e pra baixo sinto todo o seu comprimento.
Gemo! Ele tenta soltar as mãos. Mas está preso. Faço que não com a cabeça, ele
se diverte! Levanto meu tronco e levo meus lábios ao encontro dos seus. Passo a
língua sobre eles. Ele prende meu lábio inferior com os dentes. Beijo-o e ele
enfia sua língua em minha boca. Chupo-a. Ele gosta disso. Sigo com a língua
todo o caminho da sua mandíbula. Sinto sua respiração quente. Beijo seu pescoço
e à medida que vou descendo pelo seu corpo, minhas mãos seguem o mesmo
percurso. Ele parece perdido. Fecha os olhos. Está se entregando. Minhas mãos
levanta sua camiseta e espalmo as mãos em seu peito. Agarro uns pelinhos que
tem por ali e puxo-os. Ele grita! Mostro os dentes pra ele. Chego a sua enorme
ereção, que implora pra ser tirada do cativeiro em que se encontra. Mas, não.
Não vou liberá-la agora. Não mesmo! Passo a língua por toda sua extensão, mesmo
por cima da cueca. Ele levanta o tronco e olha pra baixo. Ao sentir seus olhos
mordo-o. Mostro meus dentes prendendo-o. Ele joga a cabeça pra trás. Largo-o e
sigo rumo as suas coxas. Passo a língua por ali. Ele está tão cheirosinho. Ele
me olha novamente. Abro a boca pronta pra fazer o que disse. Ele se prepara e
prende a respiração. Mordo-o. E quando a mordida se intensifica, ele geme!
-Minha
nossa! Elise você está me matando aqui! –diz entre os dentes, à medida que
tenta controlar a dor e meus dentes ficam gravados em sua coxa. Puxo sua cueca
e liberto-o enfim.
Sinto
sua necessidade de mim. Ele me quer.
-Quero
me enfiar dentro de você! E quero agora! – resmunga.
Faço
que não com a cabeça. Retiro minha calcinha e puxo a camiseta. Retiro a dele. Puxo
seu tronco de forma que ele fique sentado de frente pra mim. Estamos naquela
posição conhecida como a “dança das borboletas”. Encosto minha testa na dele. Estamos
ofegantes. Está inquieto e se remexe sob mim. Me abro pra recebê-lo. E ele me
penetra bem devagar. Está saboreando-me como eu estou a ele. Gemo! Lembro do
que fazer nessa posição e junto meus pés na cama paralelos e bem retinhos. Faço
força neles e apoiada em seus ombros levanto meu tronco pra cima. Isso contrai
todos os músculos das minhas coxas e consequentemente da virilha. Ele geme
alto. Olha pra mim surpreso e começamos nossa dança e a cada descida minha ele
me estoca com força. Ele me acerta bem naquele pontinho desgraçado e
enlouqueço. Meu abdômen se contrai. Nosso balé continua. Sete, oito,... tenho
que lembrar da merda de manter os pés paralelos e juntinhos... onde eles estão
mesmo? Junto-os novamente. Ah!Ah! dez,... onze... os pés,... Que merda esse vai
ser dos grandes! Ele mete bem fundo dessa vez e eu me perco. Grito! Peguei o
jeito da coisa. E quero mais rápido. Ele está me rasgando por dentro. Parece que
está o dobro de tamanho. As sensações são indescritíveis e meu sexo contrai-se
ao seu redor. Ele urra! Já não tenho mais força pra subir e arqueio minhas
costas pra trás. Ele continua suas estocadas. Me trás de volta pra si e estou
molhada de suor. E nessa volta ele acerta novamente e gozo violentamente. Estou
perdida em meu gozo, sinto-o morder meu queixo e gozar também. Sinto sua
respiração quente em meu rosto. Estamos ofegantes e nos olhamos. Sorrio
satisfeita. Ele também. Beija a minha boca e sai lentamente de mim. Deita e me puxa.
Rolo pro lado ainda estamos controlando nossas respirações. Ele é o primeiro a
falar.
-Onde
aprendeu a fazer isso?
-No
ensino médio. Eu e duas amigas minhas roubamos o livro Kama-sutra da biblioteca
da escola. E cada uma de nós ficou uma semana com ele. Depois devolvemos. Posso
dizer que li e reli algumas vezes. –Ele ri.
-Sorte
a minha!
Pega minha
calcinha e diz:
-Hum
gostei desse Taz! – rio.
-Pensei
que ia perder pro Dan Brown!
-E de
quanto estava o placar?
-Dois
a zero pro Dan!
-Sério?
Faço que sim.
-E o
placar final? –pergunta divertido.
-Ah!
Dan-2 e Elise...
-10. –
e me beija enquanto rimos.
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